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FIFA investiga Ángel Villar e Franz Beckenbauer

O presidente da federação espanhola e o presidente da comissão organizadora do Mundial da Alemanha de 2006 estão a ser investigados pelo Comité de Ética da FIFA. Em causa estão os processos de atribuição dos Mundiais de 2018 e 2022.

Bloomberg
21 de Outubro de 2015 às 17:36
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A FIFA confirmou esta quarta-feira, 21 de Outubro, que também o alemão Franz Beckenbauer (na foto junto ao CEO da Adidas na apresentação pública da bola da final do campeonato do mundo de 2006 em Berlim) e o espanhol Ángel Villar, presidente da Federação de futebol espanhola, estão a ser investigados pelo Comité de Ética do organismo responsável pela gestão do futebol mundial.

 

Em causa estará uma eventual infracção do código de ética da FIFA e que diz respeito à eventual compra de votos aquando da atribuição da organização dos Mundiais de 2018 e 2022 à Rússia e ao Qatar, respectivamente.

 

Depois dos processos de investigação abertos a Joseph Blatter, presidente demissionário da FIFA, e a Michel Platini, presidente da UEFA e candidato à sucessão do dirigente suíço, nas eleições confirmadas para 26 de Fevereiro de 2016, que levaram à suspensão de ambos por 90 dias devido a um suposto "pagamento ilegal", foi agora a vez de mais dois nomes sonantes do futebol mundial. Villar é o primeiro vice-presidente da UEFA e assumiu, provisoriamente, a presidência da instituição depois de anunciada a suspensão do antigo internacional pela selecção francesa.

 

Já o alemão Beckenbauer, que foi o presidente da comissão organizadora do Mundial da Alemanha de 2006, teve também direito de voto na escolha do Qatar e da Rússia para serem anfitriões da principal competição mundial de selecções nacionais de futebol. Beckenbauer será suspeito de ter tomado conhecimento destas irregularidades ainda em 2005, sem nada ter feito para as impedir.

 

Além dos nomes referidos, o Comité de Ética também confirmou a investigação em curso a Jérôme Valcke, secretário-geral da FIFA, suspeito de beneficiar da venda irregular de bilhetes do Mundial de 2014 e que já se encontra suspenso, e ainda a nomes como Ricardo Teixeira, Eugenio Figueredo, Amos Adamu, Nicolás Leoz, Worawi Makudi e Jeffrey Webb.

 

Estas notícias, além de contribuírem para aumentar a instabilidade e a desconfiança face aos procedimentos internos da FIFA, também colocam em questão a realização dos Mundiais de 2018 e 2022 no Qatar e na Rússia, cujos processos de atribuição há muito estão envoltos em suspeitas de corrupção.

 

Em Junho, já depois da demissão de Blatter, o presidente da Comissão de Auditoria da FIFA, o italiano Domenico Scala, assegurava que "se existirem provas de que o Qatar e a Rússia conquistaram a organização do Mundial graças a corrupção, então essa organização pode ser-lhes retirada". Apesar de as dúvidas em relação a estes processos persisterem na praça pública há já alguns anos, só depois de, em Maio último, ter rebentado o escândalo que levou à detenção de 14 dirigentes e ex-dirigentes da FIFA, na sequência de uma investigação iniciada pelas autoridades norte-americanas, é que algumas das suspeitas em torno dos procedimentos da FIFA começaram a ser materializadas em investigações. 

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