Notícia
Nova vaga de detenções de dirigentes da FIFA
Novamente a pedido da justiça norte-americana, mais dois responsáveis do organismo máximo do futebol foram presos esta madrugada na Suíça por suspeitas de corrupção na venda de direitos de marketing.
As autoridades suíças prenderam esta madrugada mais dois altos responsáveis da FIFA por suspeitas de aceitar subornos de milhões de dólares. Ainda não foram revelados os nomes dos alvos desta operação, que decorreu novamente no hotel Baur au Lac, de Zurique, onde em Maio foram feitas as primeiras detenções na sequência das investigações que decorrem nos Estados Unidos.
O Gabinete Federal de Justiça da Suíça já confirmou que, segundo o pedido de detenção efectuado pelas autoridades norte-americanas, os dois responsáveis "alegadamente receberam dinheiro em troca da venda de direitos de marketing relacionados com torneios de futebol na América Latina e também com os jogos de qualificação para o Campeonato do Mundo".
A investigação alega que "alguns destes acordos foram combinados e preparados nos Estados Unidos" e "os pagamentos foram também processados através de bancos norte-americanos", acrescenta o mesmo comunicado da justiça suíça, citado pela Reuters. Já o jornal The New York Times assegura que o presidente demissionário da FIFA, Joseph Blatter, não é um dos alvos desta operação, que se deverá centrar em dirigentes do futebol da América Central e do Sul.
Entretanto, o organismo máximo do futebol a nível mundial já confirmou "estar por dentro das acções" policiais desta quinta-feira, 3 de Dezembro, prometendo que "vai continuar a cooperar totalmente com as investigações nos Estados Unidos (…), assim como com as investigações que decorrem" na Suíça, onde tem a sua sede.
Esta mega operação teve início a 27 de Maio, também na Suíça, tendo na altura a polícia local, também a pedido das autoridades norte-americanas, feito a detenção de nove executivos da FIFA e outros cinco dirigentes desportivos por chantagem, fraude e branqueamento de capitais.
O banco Credit Suisse está também a ser investigado por causa das relações com esses dirigentes da FIFA envolvidos, apurando, nomeadamente, se permitiram transacções suspeitas e indevidas ou ignoraram as leis contra o branqueamento de capitais nas relações com a federação internacional de futebol, segundo escreveu a 30 de Outubro a Bloomberg. No relatório dos resultados trimestrais, o banco confirmou aliás que "está a cooperar com as autoridades neste caso".