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Primeiro ex-dirigente da FIFA extraditado para os EUA
Um dos sete ex-dirigentes acusado de crime de corrupção na FIFA e detido na Suíça foi esta quarta-feira, 15 de Julho, extraditado para os Estados Unidos da América. O Ministério Público suíço não revelou ainda a identidade do extraditado.
Um dirigente da FIFA detido na Suíça foi esta quinta-feira, 16 de Julho, extraditado para os Estados Unidos da América, confirmaram as autoridades suíças. A identidade do oficial ainda não foi revelada, mas a BBC avança que o nome de Jeffrey D. Webb foi referido como uma possibilidade.
O departamento de Justiça suíço comunicou que o oficial da FIFA foi escoltado até Nova Iorque esta quarta-feira, 15 de Julho, por três polícias. De acordo com a lei federal americana, esta decisão significa que uma audiência em tribunal ocorrerá em breve. Esta é uma decisão que sucede ao pedido feito no dia 1 de Julho pelas autoridades norte-americanas à Suíça para a extradição dos sete dirigentes da FIFA detidos em Maio por suspeitas de corrupção.
Jeffrey D. Webb era até há pouco vice-presidente da FIFA e presidente da confederação de futebol da América do Norte e Central e uma das figuras que mais se destaca entre os envolvidos. O ex-dirigente foi um dos sete empresários detidos a 27 de Maio de 2015, na Suíça, sob acusações de corrupção. Webb é acusado de ter aceitado subornos no valor de milhões de dólares ligados à venda de direitos de comercialização.
Na lista de acusados constam Rafael Esquivel, Nicolas Leoz, Jack Warner, Eduardo Li, Eugenio Figeredo e Jose Maria Marin. Já as acusações passam por crimes de conspiração, fraude, lavagem de dinheiro, branqueamento de capitais e obstrução de justiça. Se forem condenados, os oficiais podem enfrentar uma pena até 20 anos de prisão.
A investigação foi inicialmente desencadeada pelo processo de licitação para o país a acolher o Mundial, nomeadamente com a Rússia 2018 e o Qatar 2022, mas foi ampliado à investigação da gestão e administração da organização de futebol durante as últimas duas décadas.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusa os dirigentes e ex-dirigentes detidos de associação criminosa e corrupção nos últimos 24 anos, com a utilização de bancos americanos para transferir subornos acima dos 151 milhões de dólares (140 milhões de euros).