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Ex-capitão da Grécia, agora eurodeputado, votaria em Figo para a FIFA

Theodoros Zagorakis entristeceu os portugueses quando, a 4 de Julho de 2004, ergueu a taça de vencedor do Europeu de futebol. Agora é eurodeputado pela Nova Democracia e desfaz-se em elogios a Figo. Já o Parlamento Europeu admite tirar os Mundiais da Rússia e do Qatar.

11 de Junho de 2015 às 20:30
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Ninguém está esquecido da vitória inesperada da Grécia no Euro 2004, organizado em Portugal. Theodoros Zagorakis, ex-capitão da selecção grega e actual eurodeputado pela Nova Democracia, foi quem ergueu o troféu de campeão. Agora, recebeu o Negócios no seu escritório no 10º andar do Parlamento Europeu, em Estrasburgo, e falou da sua tristeza pelo facto de Sérgio Conceição ter perdido a Taça de Portugal para o Sporting. Depois de pendurar as botas, um dos jogadores gregos mais internacionais de sempre passou pela presidência do clube PAOK de Salónica e, nas últimas eleições europeias, foi eleito pela Nova Democracia.

 

Foi nessa condição que aceitou falar ao Negócios sobre a candidatura de Luís Figo à FIFA. O Parlamento Europeu discutiu e aprovou, esta quinta-feira, uma resolução em que exige mudanças no órgão máximo do futebol mundial e Zagorakis não poupou nos elogios a Luís Figo, que esteve na corrida pelo lugar de Joseph Blatter na liderança da FIFA e desistiu dias antes de começarem as detenções de vários dirigentes desta estrutura, acusando a estrutura de não promover eleições limpas.

 

"A candidatura de Luís Figo foi muito positiva para o futebol. É um dos ex-jogadores que, além de ser muito famoso e conhecido, é uma das figuras mais respeitadas no mundo do futebol, e tem a personalidade e o perfil indicados para esta posição, porque o lugar é muito exigente", afirma Zagorakis, que, em 2004, venceu Portugal na final do Euro, no Estádio da Luz – a selecção nacional era capitaneada, precisamente, por Luís Figo.

 

"Também estive na parte administrativa do futebol", enquanto presidente do PAOK de Salónica, "e apesar de parecer mais fácil, não é bem assim. E estas posições precisam de certas características" que Luís Figo reúne, acredita o grego. "Desejo-lhe boa sorte em qualquer decisão que ele tome". E, se pudesse, votava em Figo? "Claro que votaria em Figo", garante. "Espero que, a dada altura, a liderança do futebol seja composta por quem cheirou a relva, porque terá uma percepção total do assunto", atesta.

 

Sérgio Conceição, que ainda orienta o Sporting de Braga, acabou a carreia no PAOK de Salónica, em 2009, precisamente na altura em que Zagorakis era presidente do clube.

 

Parlamento Europeu admite retirar Mundiais de 2018 e 2022

 

Esta quinta-feira, o Parlamento Europeu aprovou uma resolução, subscrita pelo próprio Zagorakis, que exige que seja eleito sem demora um presidente interino na FIFA através de "processos decisórios abertos, equilibrados e democráticos". Por outro lado, caso se prove que a atribuição dos mundiais de 2018 e 2022 (à Rússia e ao Qatar, respectivamente) foi resultado de corrupção, estes devem ser cancelados.

 

Os eurodeputados defendem que "a atribuição da realização dos campeonatos mundiais de 2018 e 2022 seja invalidada se surgirem provas de que essa atribuição resultou de actividades de corrupção". Na FIFA, a corrupção "é generalizada e sistémica e está profundamente enraizada", e esta funcionou "durante vários anos como uma organização inimputável, opaca e manifestamente corrupta".

 

A eurodeputada do PS Ana Gomes interveio neste debate e, citada pelo serviço de imprensa do Parlamento Europeu, disse que a "União Europeia tem de agir e de exigir a reforma na FIFA, com a criação de um comité independente de reforma composto por personalidades não pagas pela FIFA, ou associadas a ela, para que possam investigar e publicar recomendações concretas".

 

Por outro lado, "se se confirmarem as suspeitas de corrupção na selecção da Rússia e do Qatar para os mundiais de 2018 e 2022, exigimos que os concursos sejam reabertos".

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