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Detenção de dirigentes da FIFA não surpreende Luís Figo

Uma fonte que colaborava na candidatura de Luís Figo à presidência da FIFA, entretanto retirada, revelou que a investigação a vários executivos da FIFA "não surpreende" o ex-futebolista da selecção nacional de futebol.

Pedro Ferreira/Correio da Manhã
27 de Maio de 2015 às 12:44
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A detenção de seis dirigentes da FIFA não surpreendeu Luís Figo, disse hoje à agência Lusa uma fonte da ex-candidatura do português, que remete qualquer comentário do antigo futebolista para o comunicado em que anunciou a sua desistência.

 

A mesma fonte disse à Lusa que a detenção, em Zurique, de seis dirigentes do organismo que rege o futebol mundial, por acusações de corrupção, "não surpreende" Luís Figo, acrescentando que a suspeição em torno do organismo foi um dos motivos "que o levou a desistir".

 

O Ministério da Justiça e a polícia da Suíça confirmaram hoje a detenção, por acusações de corrupção, de seis dirigentes da FIFA, em Zurique, quando se encontravam num hotel na cidade.

 

As autoridades helvéticas indicaram que se prevê a sua extradição para os Estados Unidos, onde as autoridades de Nova Iorque os investigam por terem, alegadamente, aceitado subornos desde o início dos anos 1990.

 

Na quinta-feira passada, Luís Figo anunciou a desistência da candidatura à presidência da FIFA, marcadas para sexta-feira, comparando o actual estado do organismo que rege o futebol mundial a uma "ditadura".

 

"Este processo eleitoral é tudo menos isso, uma eleição. Este processo é um plebiscito de entrega do poder absoluto a um só homem, algo que me recuso a caucionar. É por isso que, após ter reflectido de forma individual e partilhando opiniões com dois outros candidatos neste processo, entendo que o que vai acontecer dia 29 de maio em Zurique não é um ato eleitoral normal. E não sendo, não contam comigo", afirmou Figo em comunicado.

 

O anúncio de Figo surgiu horas depois de o holandês Mitchell van Praag ter desistido, anunciando o apoio ao jordano Ali bin Al Hussein, que se mantém na luta com o actual presidente, o suíço Joseph Blatter.

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