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FIFA reuniu de emergência com Blatter sob pressão

O escândalo que levou à detenção de vários dirigentes e ex-dirigentes da FIFA por suspeitas de corrupção, levou o organismo a reunir esta quinta-feira de emergência. A um dia das eleições na FIFA, a UEFA ameaça boicotar acto eleitoral.

Reuters
28 de Maio de 2015 às 14:11
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Os presidentes das seis confederações de futebol que integram a FIFA estiveram reunidos na manhã desta quinta-feira, 28 de Maio, segundo avança a BBC. A apenas um dia das eleições para a presidência da FIFA, marcadas para esta sexta-feira, o presidente do organismo, Joseph Blatter, tem cada vez mais personalidades a pedir a sua demissão.

 

Depois da detenção de vários altos dirigentes da FIFA e antigos dirigentes do organismo que tutela o futebol mundial na manhã de quarta-feira, em Zurique, na Suíça, a cúpula da FIFA reuniu hoje de emergência para discutir a actual situação e o futuro da organização.

 

Apesar de a FIFA ter garantido que tanto Blatter como Jerome Valcke, secretário-geral do organismo, não estão implicados nas investigações, as autoridades norte-americanas e  suíças já revelaram ter intenções de investigar o suíço que se candidata a um quinto mandato à frente do organismo. O jornal Daily Mail avançou esta manhã que Blatter estaria impedido de se ausentar da Suíça até que as investigações estejam concluídas. Segundo este jornal, a polícia helvética ouvirá ainda esta quinta-feira o actual presidente da FIFA. 

 

E mesmo depois de a FIFA ter avançado com a suspensão provisória de 11 das 14 pessoas envolvidas neste processo, a UEFA está a ponderar boicotar as eleições marcadas para amanhã. Para o organismo liderado por Michel Platini, o fenómeno da corrupção "está profundamente" ligado à FIFA, razão pela qual a UEFA considera que "o próximo congresso da FIFA corre o risco de converter-se numa farsa". Em conferência de imprensa realizada perto da hora de almoço de hoje, Platini que já se opusera à recandidatura de Blatter noutras ocasiões, afirmou que "basta o que já é demais". 

 

De acordo com a BBC, Platini já terá tido mesmo oportunidade de se encontrar cara a cara com Blatter, ocasião aproveitada para sugerir que se demita e não se recandidate à presidência da FIFA. Além do ex-futebolista gaulês, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, também já defendeu a demissão de Blatter. Contra a corrente determinada pelos últimos acontecimentos, o presidente russo Vladimir Putin já veio demonstrar a sua solidariedade e apoio ao ainda presidente da FIFA, acusando os Estados Unidos de pretenderem derrubar o dirigente desportivo suíço.

 

Entretanto, as eleições que opõem Blatter ao príncipe jordano Ali bin Al Hussein, terceiro filho do rei Hussein da Jordânia, continuam agendadas para amanhã. Além da UEFA, o ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Laurent Fabius, também já solicitou o adiamento do acto eleitoral.

 

Além de todas as críticas de importantes figuras internacionais que se abateram sobre Blatter, o suíço viu alguns dos principais patrocinadores da FIFA reforçar os níveis de pressão. A BBC refere que além da Coca-Cola e da Visa, também a Adidas, a McDonald’s, a Hyundai, a Budweiser e a Gazprom reiteraram junto da FIFA que não pretendem ver as suas marcas associadas a processos de corrupção.

 

Depois de terem anunciado ainda ontem a abertura de uma investigação independente daquela iniciada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, e que levou às detenções de ontem, as autoridades suíças já revelaram pretender questionar os 10 membros do comité executivo da FIFA como parte das investigações à polémica atribuição da realização dos mundiais de futebol de 2018 e 2022 à Rússia e ao Qatar, respectivamente. 

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