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Moscovo já começou a atacar a Síria, mas alvos não são claros

A Rússia iniciou esta quarta-feira a intervenção aérea na Síria contra o Estado Islâmico. No entanto, nem todos acreditam que os ataques foram dirigidos ao Estado Islâmico, mas sim aos opositores do regime.

Vladimir Putin, Presidente da Rússia, durante um fórum em São Petersburgo.
Bloomberg
30 de Setembro de 2015 às 22:35
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A Rússia anunciou oficialmente esta quarta-feira o início de ataques aéreos na Síria, tendo como alvo o combate ao Estado Islâmico. O anúncio chegou através do Ministério da Defesa, que afirma ter destruído oito alvos de "equipamentos militares" e "armas e munições" do grupo extremista Estado Islâmico, segundo a Reuters.

Durante as últimas semanas, Putin já tinha reforçado a sua presença no terreno com sistemas de defesa aérea e equipamentos militares, alguns dos quais cedidos às forças do regime. Sendo conhecido o apoio do presidente russo Vladimir Putin ao presidente sírio Bashar al-Assad, que solicitou a ajuda militar de Moscovo e que legitimaria a intervenção russa, surgem diferentes vozes questionando quais são os verdadeiros alvos de Moscovo: se os opositores ao Governo de Assad se os radicais do Estado Islâmico.

"Se é em Homs, como parece ser, não é o Estado Islâmico que está a ser atingido, mas provavelmente grupos da oposição, o que confirma que estão mais a apoiar o regime de Bashar do que a combater o Estado Islâmico", defendeu uma fonte diplomática francesa citada pela Reuters.

Já Washington afirmava ao final do dia que ainda era cedo para definir quais são os alvos do governo russo e quais foram os alvos eventualmente abatidos, alvo da acção militar russa na Síria, sublinhando que era, no entanto, claro que Moscovo estava a apoiar o governo do presidente sírio Bashar Al-Assad, afirmou um porta-voz da Casa Branca.

Os primeiros ataques aéreos acontecem dois dias depois de Vladimir Putin e Barack Obama se terem reunido e discursado nas Nações Unidas, onde mostraram abertura para negociações, apesar dos seus pontos divergentes. Durante a reunião das Nações Unidas, Putin sugeriu a criação de uma "ampla coligação antiterrorista" para combater os ‘jihadistas’ na Síria e no Iraque.

Enquanto os Estados Unidos da América insistem que Assad deve abandonar o poder como condição prévia para qualquer acordo de resolução do conflito, da União Europeia surge uma posição mais moderada, indicando que ele poderá continuar no cargo, mas como interino.
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