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Hollande adverte para risco de "guerra total" na Síria
O presidente francês falou no Parlamento Europeu em Estrasburgo, a par da chanceler alemã, onde alertou para o risco de "uma guerra total". François Hollande reiterou que o Estado Islâmico e os jihadistas constituem uma ameaça para toda a Europa mas insistiu que também é necessário afastar de qualquer solução política o actual Presidente sírio
O Presidente francês, François Hollande, alertou nesta quarta-feira, 7 de Outubro, perante o Parlamento Europeu, em Estrasburgo, que o desenlace do conflito na Síria determinará por muito tempo os equilíbrios em todo o Médio Oriente, e advertiu para o risco de "uma guerra total".
Numa intervenção juntamente com a chanceler alemã, Angela Merkel, Hollande justificou a intervenção militar francesa na Síria sustentando que o conflito extravasa as fronteiras daquele país, e ameaça chegar mesmo a território europeu.
"O que está lá [na Síria] em jogo determinará por muito tempo os equilíbrios em toda a região do Médio Oriente, e se deixarmos os conflitos religiosos, e entre sunitas e xiitas, amplificarem-se ainda mais, não pensemos que estaremos ao abrigo: será uma guerra total, e que poderá afectar o nosso próprio território. E por isso temos que agir", disse, no plenário.
Segundo Hollande, "a França assumiu as suas responsabilidades militares face à ameaça, e toda a Europa deve comprometer-se no plano humanitário, político e diplomático", para "construir um futuro político na Síria, que dê à população outra alternativa" que não o actual Presidente Bashar al-Assad nem a organização terrorista Estado Islâmico.
Numa intervenção centrada na questão do terrorismo, François Hollande reiterou que o Estado Islâmico e os jihadistas constituem uma ameaça para toda a Europa, mas insistiu que também é necessário afastar de qualquer solução política o actual Presidente sírio, pois "o regime de Bashar al-Assad criou e continua a alimentar este desastre, e ainda hoje ele bombardeia, mata e massacra".
O conflito na Síria, que começou em Março de 2011, já provocou mais de 240 mil mortos, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.