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Wall Street sobe após Trump adiar tarifas automóveis. GM dispara mais de 7%

Os principais índices norte-americanos encerraram em terreno positivo. Dados do mercado de trabalho e tarifas estiveram em foco esta quarta-feira. Empresas ligadas ao setor automóvel beneficiaram de um adiamento na imposição de tarifas pela Administração Trump.

Brendan Mcdermid/Reuters
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Wall Street fechou em terreno positivo esta quarta-feira, contrastando com o que tem sido o padrão de perdas das últimas semanas. Os investidores mantiveram-se atentos aos últimos desenvolvimentos em torno das tarifas dos Estados Unidos (EUA) sobre os seus parceiros comerciais e à forma como as barreiras alfandegárias poderão afetar a maior economia mundial e as decisões da Reserva Federal (Fed) norte-americana.

O S&P 500 ganhou 1,12% para os 5.842,63 pontos, enquanto o Nasdaq Composite subiu 1,46% para 18.552,73 pontos. Já o Dow Jones ganha 1,14% para 43.006,59 pontos.

O mercado de trabalho também centrou atenções durante esta quarta-feira, com o relatório do emprego da ADP a mostrar que as empresas privadas nos EUA adicionaram 77 mil trabalhadores às suas folhas de pagamentos em fevereiro de 2025. Este número marcou o menor aumento em sete meses, que ficou muito abaixo das previsões do mercado, que apontavam para um aumento de 140 mil empregos no setor privado do país.

O arrefecimento do mercado de trabalho poderá ser um dos argumentos para a Fed cortar as taxas diretoras mais cedo do que o antecipado, mas, para já, espera-se que o decisor de política monetária mantenha o tom de cautela.

No plano internacional, a Casa Branca afirmou que as tarifas de 25% sobre o Canadá e México não irão incidir sobre os produtores automóveis para já, com a Administração dos EUA a adiar por um mês as tarifas sobre automóveis vindos dos dois países vizinhos.

Ainda assim, as tarifas recíprocas de Washington aos seus parceiros comerciais deverão entrar em vigor a 2 de abril. 

"Vamos dar uma isenção de um mês a qualquer automóvel que venha através do USMCA [acordo comercial tripartido entre os EUA, México e Canadá]", disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, aos jornalistas esta quarta-feira. "As tarifas recíprocas ainda entrarão em vigor no dia 2 de abril, mas a pedido das empresas associadas ao USMCA, o Presidente está a conceder-lhes uma isenção durante um mês para que não fiquem em desvantagem económica", acrescentou. 

Empresas norte-americanas ligadas ao setor beneficiaram do anúncio. A Ford fechou o dia com uma valorização superior a 5% e a General Motors disparou mais de 7%.

Quanto às "big tech", a Nvidia subiu 1,13%, a Amazon ganhou 2,24%, a Microsoft disparou 3,19%, a Meta valorizou 2,57% e a Alphabet valorizou 1,38%. Já a Apple fechou a sessão praticamente inalterada, com um recuo de 0,081%.

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