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Marcelo admite eleições antecipadas a 11 ou 18 de maio se moção de confiança for rejeitada

O Presidente da República aguarda votação da moção de confiança que aponta para a próxima quarta-feira. Caso seja rejeitada, levando à queda do Governo, Marcelo pretende acelerar o calendário, apontando para legislativas antecipadas a 11 ou 18 de maio, praticamente um ano depois das últimas eleições.

05 de Março de 2025 às 20:20
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O Presidente da República admite que o país venha a ter eleições antecipadas em maio deste ano, a 11 ou 18, caso a moção de confiança do Governo seja rejeitada no Parlamento. A acontecer será praticamente um ano depois das últimas legislativas também elas antecipadas.

Para já, Marcelo Rebelo de Sousa vai aguardar a votação da moção de confiança que antecipa que poderá acontecer na próxima quarta-feira. "Vou esperar pelo anúncio e pelo debate e votação da moção de confiança que ocorrerá na quarta-feira e das duas uma: ou é aprovada a moção ou é rejeitada", afirmou o chefe de Estado, que pretende acelerar o processo político. De resto, Marcelo cancelou a visita de Estado à Estónia marcada para a próxima semana, para acompanhar o resultado da votação. "Ninguém perceberá que, estando em causa uma moção de confiança, o Presidente da República esteja fora do território nacional", frisou.

"Temos que esperar pela votação, pela rejeição, e pela posição dos partidos e do Conselho de Estado, nesse caso, a primeira data possível é algures ali entre 11 e 18 de maio", indicou o Presidente em Viseu, sublinhando que tem "obrigação de trabalhar em todos os cenários".

Em caso de rejeição da moção de confiança, Marcelo pretende ouvir os partidos logo no dia a seguir e convocar o Conselho de Estado de imediato, num procedimento que é obrigatório que antecede a marcação de eleições. "Se for rejeitada a moção de confiança, naturalmente que imediatamente convocarei os partidos políticos, se possível para o dia seguinte, e o Conselho de Estado para dois dias depois, ou para o dia seguinte", indicou.

As últimas eleições decorrem há menos de um ano, no dia 10 de março de 2024, resultando a atual composição do Parlamento: com 80 deputados da Aliança Democrática (PSD/CDS); 78 do Partido Socialista; 50 do Chega; 8 da Iniciativa Liberal; 5 do Bloco de Esquerda; 4 do PCP; 4 do Livre; e 1 do PAN.

Até ao dia 8 de setembro, Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que ainda pode dissolver a Assembleia da República, o que a acontecer seria a terceira vez a usar este mecanismo, conhecido como "bomba atómica".

(Notícia atualizada às 20:01 com mais informação)

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