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Rússia envia drones de vigilância para território Sírio

Depois de criar uma base militar na Síria, o Governo de Moscovo começou a sobrevoar o território através de drones de vigilância. A crescente presença de militares russos em território sírio preocupa os líderes internacionais.

Bloomberg
21 de Setembro de 2015 às 18:43
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A Rússia começou esta segunda-feira, 21 de Setembro, a começar a sobrevoar o território sírio com drones militares. O uso de drones para controlar o espaço aéreo parece ser a primeira missão desde que Putin montou uma base de operações militares na Síria.

Para já não é conhecido o número de drones envolvidos na operação na missão de vigilância ou qual o alcance dos voos, escreve a Reuters. As informações fornecidas à agência chegam através de soldados norte-americanos. De acordo com os mesmos, as operações militares russas parecerem ter partido de uma base aérea russa perto de Lataquia, uma cidade localizada no ocidente da Síria, junto à fronteira com a Turquia, que tem recebido equipamento militar, incluindo helicópteros e equipamento militar naval. Até agora, o Pentágono recusou comentar a situação.

Esta divisão do limitado espaço aéreo sírio entre os drones russos e americanos poderá trazer algum risco de colisões. Na sexta-feira, 18 de Setembro, os chefes de defesa dos Estados Unidos da América e Rússia concordaram em explorar formas de evitar acidentes. A discussão torna-se agora mais urgente com o início das operações do Governo de Moscovo.

Já há duas semanas, o presidente russo, Vladimir Putin tinha mostrado interesse em incluir o presidente sírio, Bashar al-Assad, no debate internacional nas estratégias de combate ao Estado Islâmico. No entanto, em Washington, Bashar al-Assad é visto como um dos responsáveis pela guerra civil que há mais de quatro anos devastam a Síria, não apoiando por isso a presença do líder sírio nas decisões dos líderes internacionais.

Já este sábado, o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Philip Hammond expressou durante uma reunião com o secretário de Estado norte-americano John Kerry, que o envolvimento da Rússia atrapalhava a intervenção do governo britânico.

As preocupações aumentam, escreve a Reuters, com a incerteza de que Moscovo decida atacar também os militares da oposição, apoiados pelos Estados Unidos da América e que Putin vê como ameaças ao governo de Assad.

"Por causa do envolvimento da Rússia, a situação na Síria está a tornar-se mais complicada. Creio que temos de discutir isto como parte de um problema maior: as pressões migratórias, a crise humanitária na Síria assim como a necessidade de derrotar o Estado Islâmico", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico. Também o presidente norte-americano, Barack Obama, dizia na sexta-feira que a aproximação russa é um erro "que nos pode afastar de um entedimento político", escreve a publicação alemã Deutsche Welle.

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