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"Se tudo correr bem" Novo Banco entra em bolsa até junho, diz CEO

O presidente executivo do banco confirmou a data que já tinha sido avançada através de uma nota interna. Se o IPO não acontecer até ao final do segundo trimestre só acontece depois do verão.

O banco liderado por Mark Bourke destaca o “forte interesse do mercado”, com a operação a gerar uma procura que atingiu um montante superior a 1,6 mil milhões de euros.
Miguel Baltazar
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O CEO do Novo Banco, Mark Bourke, confirmou esta quinta-feira, em entrevista à Bloomberg, que o período temporal em cima da mesa para uma entrada em bolsa (IPO, na sigla em inglês) é o segundo ou terceiro trimestre deste ano.

"Se tudo correr bem e tivermos a estrutura de capital otimizada, podemos estar falar do segundo trimestre. Se demorar um pouco mais poderá ser no terceiro trimestre, ou seja, depois do verão", afirmou o responsável da instituição financeira. A data tinha sido inicialmente avançada em meados de fevereiro, numa nota interna que apontava a operação para o "final do segundo trimestre ou o final do terceiro trimestre deste ano".

O presidente executivo do Novo Banco fazia depender, no entanto, o ‘timing’ efetivo "das condições do mercado".

O Novo Banco revelou esta quinta-feira lucros de 744,6 milhões de euros em 2024, num aumento residual face ao ano anterior (743 milhões). O resultado é, ainda assim, um recorde na história da instituição financeira. A desaceleração face aos aumentos expressivos nos últimos anos fica a dever-se, em parte, a custos de 62,7 milhões de euros relacionados com o fim antecipado do acordo de capital contingente (CCA, na sigla inglesa). 

O processo de colocar até 30% do capital do Novo Banco em bolsa, já anunciado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), será coordenado com os acionistas, incluindo o Fundo de Resolução e o Estado português, e deverá ocorrer em junho ou setembro. O banco já selecionou o Bank of America, o Deutsche Bank e o JPMorgan para liderarem os preparativos da entrada em bolsa, segundo fontes citadas pela Bloomberg.

No entanto, a venda direta continua a não estar totalmente afastada. Os CEO das principais instituições financeiras que operam em Portugal nunca colocaram de parte o cenário de compra e recentemente a Caixa Geral de Depósitos admitiu que a operação poderia fazer sentido, mediante condições que não revelou.

instituição financeira que deu origem ao Novo Banco – o antigo Banco Espírito Santo (BES) – foi cotada pela primeira vez nos anos 1990 e, em março de 2004, chegou ao PSI-20 (atualmente apenas PSI) com um "market cap" de 4,3 mil milhões de euros. Acabaria por deixar o índice em agosto de 2014 a valer em torno dos 700 mil euros – atualmente apenas maior do que a Ibersol.

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