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Indicador de custos do Novo Banco reduzido por entrada em bolsa

Uma entrada em bolsa este ano do banco liderado por Mark Bourke pode pressionar o rácio "cost to income" que mede a relação dos custos sobre os proveitos.

Pela quota de mercado, o Novo Banco deveria receber três a seis vezes o valor pedido para a garantia jovem.
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Uma entrada em bolsa do Novo Banco, através de uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês), poderá ter um impacto de cinco pontos percentuais no rácio "cost-to-income" em 2025, que mede a relação dos custos sobre os proveitos.

O banco liderado por Mark Bourke estima um rácio "cost-to-income" de 35% este ano, de acordo com o plano estratégico divulgado esta quinta-feira. Caso se confirme uma entrada em bolsa em junho ou setembro, como foi apontado pelo CEO, este valor poderá descer para os 30%.

Também o RoTE, "return on tangible equity", um rácio que ajuda a medir a rentabilidade dos bancos poderá ter uma descida de dois pontos percentuais descendo dos 20% previstos para 18%. Na apresentação de resultados de 2024 e respetivo plano estratégico para 2026 com poucas menções a um IPO, excetuando notas de rodapé, o CEO refere que "o ano de 2024 foi mais um marco importante para o Novo Banco com a obtenção da notação de 'investment' e com o fim do acordo do mecanismo de capitalização contingente", o que, acrescenta, contribui "decisivamente para explorar as oportunidades no mercado de capitais".

O Novo Banco revelou esta quinta-feira que obteve um lucro de 744,6 milhões de euros em 2024, num aumento residual face ao ano anterior (743 milhões). O resultado é, ainda assim, um recorde na história da instituição financeira. A desaceleração face aos aumentos expressivos nos últimos anos fica a dever-se, em parte, a custos de 62,7 milhões de euros relacionados com o fim antecipado do acordo de capital contingente (CCA, na sigla inglesa). 

O processo de colocar até 30% do capital do Novo Banco em bolsa, já anunciado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), será coordenado com os acionistas, incluindo o Fundo de Resolução e o Estado português, e deverá ocorrer em junho ou setembro. O banco já selecionou o Bank of America, o Deutsche Bank e o JPMorgan para liderarem os preparativos da entrada em bolsa, segundo fontes citadas pela Bloomberg.

No entanto, a venda direta continua a não estar totalmente afastada. Os CEO das principais instituições financeiras que operam em Portugal nunca colocaram de parte o cenário de compra e recentemente a Caixa Geral de Depósitos admitiu que a operação poderia fazer sentido, mediante condições que não revelou.

instituição financeira que deu origem ao Novo Banco – o antigo Banco Espírito Santo (BES) – foi cotada pela primeira vez nos anos 1990 e, em março de 2004, chegou ao PSI-20 (atualmente apenas PSI) com um "market cap" de 4,3 mil milhões de euros. Acabaria por deixar o índice em agosto de 2014 a valer em torno dos 700 mil euros – atualmente apenas maior do que a Ibersol.

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