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Novo Banco acena com 3,5 mil milhões de dividendos em três anos
Ao dividendo de 225 milhões de euros relativo a 2024, o banco vai somar 1,1 mil milhões quando tiver autorização, perfazendo os 1,3 mil milhões apontados pelo CEO. Acrescem 2,2 mil milhões até 2027, num "payout" de 60%.

No caminho para a dispersão do capital em bolsa, o Novo Banco promete distribuir um total de 3,5 mil milhões de euros em dividendos nos próximos três anos. A promessa é feita num contexto em que o banco se prepara para uma Ofera Pública Inicial (IPO, na sigla inglesa), sendo que uma venda direta não está totalmente fora do horizonte.
A intenção foi revelada pelo CEO da instituição financeira numa conferência numa "call" com analistas.
O valor, explicou Mark Bourke, resulta da soma de três parcelas: dividendos de 225 milhões de euros de dividendos relativos ao resultado de 2024 e que serão pagos previsivelmente até ao final deste mês; 1,1 mil milhões que vai entregar assim que tenha autorização do Banco Central Europeu, o que deverá acontecer "nas próximas semanas ou meses"; e adicionalmente 2,2 mil milhões de euros em três anos - valor que consta do "guidance" do banco.
O Novo Banco estima, aliás, manter nos próximos anos o "payout" de 60% sobre o resultado que anunciou nesta quinta-feira. (Nesta primeira distirbuição o "payout" foi calculado apenas sobre o resultado do segundo semestre, porque o lucro do primeiro semestre já tinha sido incorporado no capital).
Na sessão com analistas, Mark Bourke - que apresentou o Novo Banco como quarto maior banco nacional - afirmou ainda que o mercado bancário nacional é "atrativo e estável", não sendo "excessivamente concentrado nem fragmentado".
"Os cinco maiores bancos detém 75% do crédito", sublinhou o banqueiro, acrescentando que se trata de um "mercado competitivo e sustentável".
O Novo Banco registou um lucro de 744,6 milhões de euros no ano passado.