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Tarifas: Montenegro anuncia pacote superior a 10 mil milhões de euros

Luís Montenegro revela que o Governo, depois de contactos com quase duas dezenas de associações empresariais, decidiu avançar com um pacote de medidas para apoiar os setores mais afetados pelas tarifas dos EUA.

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O Governo vai avançar com um pacote superior a 10 mil milhões de euros para apoiar as empresas dos setores que poderão ser mais afetados pelas tarifas anunciadas por Donald Trump, que entretanto foram suspensas. Luís Montenegro, primeiro-ministro, diz que o país está preparado para as ajudar, apesar da pausa nestas taxas aduaneiras.

O valor do apoio foi revelado pelo chefe do Executivo no briefing do Conselho de Ministros. Pedro Reis, ministro da Economia, concretizou que com o "Programa Reforçar", o Governo procurará "colocar na economia 10 mil milhoes de euros em linhas de apoio ao investimento, à competivdade, à exportação e à internacionalização".

Este pacote, com os vários vectores, é a resposta de Portugal às tarifas que foram anunciadas por Donald Trump. A Casa Branca avançou a 2 de abril com tarifas recíprocas que, no caso da União Europeia, são de 20%. Esta taxa entrou em vigor esta quarta-feira, mas a sua aplicação foi suspensa. Trump anunciou uma pausa para os países que não retaliarem.

"Saudamos a pausa de 90 dias", disse Luís Montenegro, depois de afirmar que a atuação dos EUA é uma "ameaça ao crescimento económico mundial" que "não beneficia ninguém". "Mas uma pausa é isso mesmo, apenas uma pausa", alertou o primeiro-ministro em gestão.

"Temos de ter trabalho feito dentro de casa e à escala europeia" para o momento em que essas tarifas deixem de estar em pausa, acrescentou. Mas alertou que "não é tempo para reações irrefletidas" às medidas dos EUA.

É neste sentido que, diz, "Portugal continuará a trabalhar com a Comissão Europeia" na resposta que a União Europeia dará às tarifas recíprocas. "

Há semanas que mantemos com recato uma ligação" com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse.

A resposta da UE, defende Montenegro, devef ser uma "resposta robusta e proporcional, na defesa dos seus Estados-membros". Contudo, a  "prioridade absoluta é a negociação com os EUA" na tentativa de encontrar uma solução negociada.

(Notícia atualizada às 13:41 com mais informação)

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