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2,9 milhões de euros da Renault terão ido para uma empresa ligada a Ghosn, diz a imprensa
A mais recente suspeita de que milhões da fabricante francesa terão acabado em contas controladas por Ghosn pode alargar o caso do Ministério Público de Tóquio contra o cidadão que tem nacionalidade libanesa, francesa e brasileira.
Uma empresa de investimento no Líbano, controlada pelo antigo "chairman" da Renault, Carlos Ghosn, recebeu cerca de 350 milhões de ienes (cerca de 2,9 milhões de euros) da fabricante automóvel francesa, através de um distribuidor de Omã, noticiou este domingo o jornal Asahi, que cita procuradores de Tóquio.
Esta alegação junta-se às acusações do Ministério Público sobre dinheiro do parceiro da Renault, a Nissan Motor, ter sido canalizado para a mesma empresa.
A mais recente suspeita de que milhões da fabricante francesa terão acabado em contas controladas por Ghosn pode alargar o caso do Ministério Público de Tóquio contra o cidadão que tem nacionalidade libanesa, francesa e brasileira.
Ghosn, que tem sempre negado as acusações, também está indiciado por má conduta financeira relacionada com dinheiro da Nissan, onde desempenhou a função de presidente executivo durante mais de uma década.
Os fundos da Renault foram transferidos para a empresa de investimento em 2011, de acordo com a Asahi. O dinheiro fazia parte de uma "reserva do CEO", usada com descrição por Ghosn, adianta o mesmo jornal.
Ghosn demitiu-se de "chairman" da Renault em janeiro e a empresa deu início a uma investigação interna, depois de a Nissan ter avançado com alegações que deram origem à detenção de Ghosn no Japão em novembro.