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Carlos Ghosn confirma fuga para o Líbano para "escapar da injustiça e perseguição política"

"Eu não fugi da justiça – eu escapei da injustiça e da perseguição política", explica Ghosn, depois de confirmar a fuga do Japão para o Líbano.

31 de Dezembro de 2019 às 07:49
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O ex-presidente executivo do grupo Renault-Nissan, Carlos Ghosn, que estava em prisão domiciliária no Japão a aguardar julgamento por, entre outros crimes, evasão fiscal, confirmou que fugiu para o Líbano através de um comunicado no qual critica a justiça japonesa.

"Eu não fugi da justiça – eu escapei da injustiça e da perseguição política", defende-se Ghosn, citado pela CNBC. Agora diz-se apto a "comunicar livremente" com a imprensa e diz tencionar fazê-lo nas próximas semanas.

Na mesma comunicação, as críticas dirigidas à justiça japonesa continuam: "estou agora no Líbano e não vou ser mais retido como refém por um sistema de justiça japonês dissimulado onde a culpa é presumida, a descriminação é desenfreada e os direitos humanos básicos são negados, numa flagrante desconsideração pelas obrigações legais a que o Japão está sujeito pela lei internacional e tratados que subscreveu".

Carlos Ghosn tem nacionalidade francesa e libanesa. Carlos Ghosn, antigo ‘chairman’ (presidente do conselho de administração) e presidente executivo do grupo Nissan e da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, foi detido em Tóquio em 19 de novembro de 2018 por suspeita de abuso de confiança e evasão fiscal. 

O empresário, que esteve detido durante vários meses no Japão, seria posteriormente libertado em março de 2019, após o pagamento de uma caução. 

Ghosn chegou à Nissan em 1999 como presidente executivo para liderar a recuperação do fabricante, com sede em Yokohama, depois de ter oficializado uma aliança com a francesa Renault.

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