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Ex-presidente da Nissan detido novamente por suspeita de desvio de cinco milhões de dólares

Carlos Ghosn, ex-presidente da Nissan Motor, foi detido novamente por outra acusação contra si apresentada pelo Ministério Público de Tóquio, anunciou a televisão estatal japonesa NHR.

04 de Abril de 2019 às 00:58
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A NHK transmitiu imagens de uma carrinha a entrar no edifício do procurador de Tóquio, por volta das 07:00 de quinta-feira (22:00 de quarta-feira em Lisboa), na qual supostamente estava Ghosn, de acordo com a televisão pública.

 

A prisão foi confirmada por fontes da acusação a outros meios de comunicação locais.

 

De acordo com o jornal financeiro Nikkei, foi o próprio Ghosn que se prontificou a ir ao gabinete do procurador, onde foi detido.

 

De acordo com versões das últimas horas, a nova acusação está ligada a uma série de fundos transferidos pela presidência da Nissan e Renault, que era liderada por Ghosn, para um distribuidor baseado em Omã.

 

Alguns desses fundos, de acordo com a imprensa japonesa e francesa, estavam destinados à compra de um iate e a cobrir os empréstimos pessoais de Ghosn.

 

Isso levou a que o MP levantasse um novo processo judicial contra Carlos Ghosn por abuso de confiança agravado, que se juntaria a outras três acusações formais, uma delas por ter escondido das autoridades as compensações milionárias acordadas com a Nissan Motor.

O Ministério Público de Tóquio informou depois que a detenção do ex-presidente da Nissan justifica-se pela suspeita de que Carlos Ghosn desviou cinco milhões de dólares (4,4 milhões de euros). Os procuradores do MP adiantaram que o dinheiro terá sido desviado de uma subsidiária da Nissan para uma concessionária fora do Japão.

Hoje, Ghosn voltou a garantir que está inocente. Os procuradores acreditam que o dinheiro desviado terá ido para uma empresa que Ghosn praticamente administrou.

O comunicado divulgado hoje não mencionou Omã, mas uma investigação anterior da parceira francesa da Nissan Motor Co., da Renault, centrou-se em pagamentos realizados a uma concessionária naquele país, sendo que se suspeita que parte do dinheiro foi canalizado para uso pessoal de Ghosn.
 

Ghosn foi preso pela primeira vez a 19 de novembro e foi libertado sob fiança, a 6 de março.

 

Segundo a NHK, é muito raro no Japão que uma pessoa seja detida novamente depois de ser libertada sob fiança.

 

Os novos passos da acusação são conhecidos depois de Ghosn ter anunciado que a 11 de abril iria dar a sua primeira conferência de imprensa depois de ter sido libertado sob fiança.

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