A Renault nomeou como novo presidente Jean-Dominique Senard, que liderava a Michelin. Carlos Ghosn foi obrigado a prescindir do cargo na sequência do envolvimento num escândalo financeiro.

Uma vez que Ghosn se ocupava simultaneamente da presidência do conselho de administração e da comissão executiva da Renault, também foi nomeado um novo CEO: Thierry Bollore, que até agora era adjunto de Ghosn nestas funções.  Senard vai assumir funções de forma imediata, sendo que a sua saída da fabricante de pneus está prevista para Abril. 

A substituição na Renault fica desta forma decidida um dia depois de Carlos Ghosn aceitar abandonar as rédeas da fabricante automóvel, tal como foi anunciado pelo ministro das Finanças francês. O responsável demissionário irá, contudo, manter-se no conselho de administração até junho, depois de 14 anos como CEO da Renault e uma década na presidência.

O desafio para a nova liderança é restabelecer a relação com a Nissan, que saiu afetada do escândalo financeiro que levou á queda de Ghosn. "É importante que esta aliança se mantenha extremamente forte", declarou Senard, à saída da reunião na qual foi nomeado presidente.

A Nissan mostrou-se satisfeita com a mudança. O CEO, Hiroto Saikawa, disse que estava aberto "um novo capítulo" para a parceria.

Ghosn foi o responsável por unir a francesa Renault com a japonesa Nissan, criando com esta parceria o maior fabricante automóvel a nível mundial, o qual liderava. Em novembro passado, o Governo japonês deteve Carlos Ghosn acusando-o de fraude fiscal.