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Carlos Ghosn pode ser libertado sob fiança de 8 milhões de euros no Japão
Foi concedida ao ex-líder da Renault e da Nissan, Carlos Ghosn, a hipótese de sair em liberdade após o pagamento de uma fiança. Enfrenta ainda, contudo, os procuradores, que tentam travar a libertação de Ghosn através de um apelo ao tribunal.
O tribunal de Tóquio tomou uma decisão rara de libertar Carlos Ghosn, ex-presidente da Renault, perante o pagamento de uma fiança de mil milhões de ienes, o equivalente a 8 milhões de euros, depois de o gestor ter sido acusado de fraude fiscal.
De acordo com a nota deixada pelo tribunal, citada pelo Financial Times, a fiança foi aceite acompanhada de outras condições, como a restrição de não poder abandonar o Japão.
O esperado era que Ghosn fosse libertado já esta terça-feira, mas o processo foi travado por um apelo dos procuradores. Caso este apelo seja rejeitado pelo tribunal, a libertação do ex-líder da Nissan deverá ocorrer esta quarta-feira, segundo as projeções de Junichiro Hironaka, o advogado de Ghosn.
A decisão de conceder a hipótese de pagamento de fiança surge 107 dias após o ex-líder da Nissan e da Renault ter sido detido. O sistema de justiça japonês tem recebido críticas a nível internacional desde que Ghosn foi preso, enquanto o mesmo continua a negar as acusações de que é alvo.
Ghosn foi o responsável por unir a francesa Renault com a japonesa Nissan, criando com esta parceria o maior fabricante automóvel a nível mundial, o qual liderava. Em novembro passado, o Governo japonês deteve Carlos Ghosn acusando-o de fraude fiscal.