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IP vai estudar três novas ligações ferroviárias a Espanha
O Governo quer reforçar as ligações transfronteiriças, incluindo as de alta Velocidade entre Porto/Vila Real/Bragança/Espanha e Faro/Huelva, assim como entre Aveiro/Viseu/Salamanca.
O Governo mandatou a Infraestruturas de Portugal (IP) para que promova a realização dos estudos necessários à tomada de decisão relativamente a ligações ferroviárias às principais áreas urbanas do país mas também a novas ligações transfronteiriças.
O Conselho de Ministros desta segunda-feira "determinou as grandes prioridades estratégicas para a ferrovia, com vista a afirmar a rede ferroviária, num horizonte de médio e longo prazo, como um modo de transporte de elevada capacidade e sustentabilidade ambiental, assegurando uma cobertura adequada do território com ligação aos centros urbanos mais relevantes, bem como as ligações transfronteiriças ibéricas e a integração na rede transeuropeia", refere o Ministério das Infraestruturas e da Habitação em comunicado.
O Executivo pretende que a IP estude investimentos como a modernização e eletrificação a Linha do Vouga, com ligação à Linha do Norte em condições de plena interoperabilidade, faça a avaliação das opções para uma ligação direta da Linha do Oeste a Lisboa, nomeadamente à Linha de Cintura, e que avalie ainda o reforço da ligações transfronteiriças a Espanha. Neste caso, refere na nota divulgada esta terça-feira, inclui a ligação de alta velocidade entre Porto/Vila Real/Bragança/Espanha, a ligação entre Aveiro/Viseu/Salamanca e a ligação de alta velocidade entre Faro/Huelva.
"A Resolução do Conselho de Ministros aprovada ontem confirma também as prioridades de desenvolvimento da rede ferroviária de alta velocidade atualmente em curso (Porto-Lisboa, Porto-Vigo e Lisboa-Madrid) bem como da rede ferroviária convencional", refere ainda o gabinete de Miguel Pinto Luz.
Para o ministro, "é determinante para Portugal recuperar o atraso na ferrovia. Definir prioridades e apostar na modernização ferroviária é um processo complexo que se arrasta há anos e que temos de ter a coragem de prosseguir se queremos honrar os compromissos internacionais e, acima de tudo, os compromissos com os portugueses".
O Plano Ferroviário Nacional, agora aprovado, é, diz o Governo, "um documento fruto de uma ampla auscultação da sociedade, sendo resultado de um processo de consulta pública a partir da qual todos os contributos recebidos foram submetidos a uma análise rigorosa e a processo de avaliação ambiental estratégica".
Por agora, acrescenta, "a concretização a médio prazo está identificada pelo plano de investimentos atual, o Programa Nacional de Investimentos 2030, estando este Governo consciente de que o PFN visa a prossecução de objetivos considerados indispensáveis à defesa de interesses públicos".