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Ao minuto11.03.2025

Tarifas de Trump atiram Europa para mínimos de cinco semanas

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta terça-feira.

Aurelien Morissard/AP
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11.03.2025

Tarifas de Trump atiram Europa para mínimos de cinco semanas

As bolsas europeias continuam a ser bastante pressionadas pela política comercial de Donald Trump e pelo fantasma da recessão que o republicano introduziu nos mercados globais. As ações das companhias aéreas registaram o pior desempenho desta terça-feira, contagiadas negativamente pelo "alerta" deixado pela norte-americana Delta Airlines em relação às suas previsões de lucro para 2025.

O "benchmark" para a negociação europeia, o Stoxx 600, caiu 1,70% para 536,89 pontos – mínimos de cinco semanas. Isto num dia em que o Presidente dos EUA decidiu duplicar as tarifas às importações de ferro e alumínio oriundas do Canadá, em retaliação ao aumento do preço da eletricidade vendida aos EUA  por parte da província canadiana de Ontário.

Nem o alemão DAX, que até arrancou a sessão em alta animado pela aproximação dos Verdes ao novo Executivo para aprovarem o reforço das verbas para a defesa, conseguiu sobreviver ao "sell-off". O índice terminou a sessão a desvalorizar 1,29%, pressionado ainda pelas quedas da fabricante de automóveis Volkswagen (-1,09%).

A empresa alemã ainda chegou a subir mais de 2% esta manhã, animada pelas previsões mais otimistas em termos de volume de negócios para este ano, mas depressa foi apanhada por um sentimento mais negativo do mercado. A Volkswagen viu os seus lucros afundarem 32,8% para 10.721 milhões de euros em 2024.

Desde que atingiu máximos históricos a 3 de março deste ano, o Stoxx 600 já recuou 4,4%, pressionado por uma política comercial bastante protecionista do Presidente norte-americano. No entanto, estas quedas são muito menos substanciais do que as registadas pelo S&P 500 desde que atingiu máximos em fevereiro.

"O desempenho dos mercados europeus deve continuar superior aos do norte-americanos, caso a Europa opte por continuar nesta via de aumento das despesas com a defesa", começa por explicar Aneeka Gupta, analista da Wisdom Tree, à Bloomberg. "Estamos também à espera do dia 2 de abril para ver se Trump anuncia tarifas sobre produtos importados da Europa. Penso que isso trará um pouco mais de volatilidade às ações da região", completa.

Entre as restantes principais praças europeias, o francês CAC-40 recua 1,31%, o italiano FTSEMIB perde 1,38%, enquanto o espanhol IBEX 35 desvaloriza 1,57%. Por sua vez, o britânico FTSE 100 cedeu 1,21% e o holandês AEX caiu 1.427%.

11.03.2025

Juros voltam a agravar-se na Zona Euro. Obrigações alemãs lideram subidas

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro agravaram-se esta terça-feira, num dia marcado pela aproximação do partido alemão Os Verdes ao novo Governo alemão para fechar um acordo de reforço das verbas para a defesa - tema que tem agitado as águas no mercado de obrigações.

Na semana passada, os planos de investimento em defesa da União Europeia e a possível criação de um fundo de 500 mil milhões de euros na Alemanha para o mesmo propósito castigaram os juros da dívida da região. As "Bunds" alemãs chegaram mesmo a registar o pior dia desde a queda do muro de Berlim, há 35 anos.

Os juros da dívida alemã a dez anos, que serve de referência para a região, cresceram em 6,2 pontos base (a subida mais substancial) para 2,893%. Por sua vez, em França, os ganhos foram mais modestos, com as obrigações a dez anos do país a agravarem-se em 4,2 pontos para 3,583%. 

Nos países do sul da Europa, as "yields" portuguesas avançaram 2,9 pontos para 3,384%, enquanto as espanholas subiram 3,9 pontos para 3,552% e as italianas agravaram-se em 4,9 pontos para 4,011%. 

Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, seguiram a mesma tendência e cresceram 2,6 pontos base para 4,672%. 

11.03.2025

Euro atinge máximos deste ano. Dólar em queda

O euro continua a avançar face ao dólar e atingiu máximos do ano esta terça-feira, numa altura em que o fantasma da recessão nos EUA e as perspetivas mais "hawkish" do Banco Central Europeu (BCE) em relação ao futuro da sua política monetária estão a dar força à moeda comum europeia.

A divisa avança 0,87% para 1,0928 dólares, registando a terceira sessão consecutiva no verde. Na semana passada, o euro alcançou a melhor semana em cerca de 16 anos e esta terça-feira ultrapassou o valor mais elevado que tinha registado até então em 2025 (1,0921 dólares).

Só em março, o euro valorizou mais de 4%, apoiado ainda por planos da União Europeia e da Alemanha em reforçar substancialmente as verbas destinadas à defesa. Numa entrevista dada à Bloomberg News esta quarta-feira, a líder dos Verdes admitiu negociar um plano com o novo Governo alemão para aumentar o orçamento da defesa e acelerar a economia.

Por sua vez, o índice do dólar – que mede a força da moeda norte-americana face aos seus principais rivais – cai 0,51% para 103,366 pontos. A introdução de uma nova leva de tarifas sobre produtos importados do Canadá está, no entanto, a dar alguma força à divisa norte-americana, que alcança máximos de uma semana face ao dólar canadiano.

11.03.2025

Ouro avança quase 1% com tarifas e dólar em foco

A onça de ouro está a valorizar cerca de 1% esta terça-feira, numa altura em que a política comercial de Donald Trump continua a ocupar o palco principal das atenções dos investidores. O Presidente dos EUA reintroduziu nos mercados o fantasma da recessão económica e os investidores aproveitaram o momento para apostar em ativos refúgio como o ouro, que beneficia ainda de um dólar mais debilitado.

A esta hora, o metal precioso avança 0,97% para 2.916,67 dólares por onça, depois de ter sofrido uma ligeira correção na sessão anterior, com os investidores a aproveitarem o bom momento do ouro para procederem à retirada de mais-valias. "O ouro deve continuar a receber apoio da incerteza que se vive nos mercados", explica Zain Vawda, analista da MarketPulse, à Reuters.

"No entanto, qualquer desenvolvimento positivo na guerra da Ucrânia pode vir a reduzir o prémio de risco sobre o ouro", completa o analista. As negociações entre a Rússia e os EUA estão em "águas de bacalhau", numa altura em que a Europa prepara-se para reforçar os seus investimentos em defesa de forma significativa.

Os investidores aguardam agora pelos dados da inflação na maior potência económica do mundo, que vão ser revelados esta quarta-feira. De acordo com a Reuters, espera-se que o índice de preços no consumidor (IPC) volte a acelerar em fevereiro em 0,3% em termos mensais.

11.03.2025

Aumento de tarifas não impede petróleo de avançar mais de 1%

Os preços do petróleo estão a valorizar mais de 1% esta terça-feira, numa altura em que a fraqueza do dólar torna mais atrativa a compra desta matéria-prima. Apesar das valorizações registadas esta tarde, os investidores continuam apreensivos em relação ao impacto que as tarifas podem vir a ter na economia norte-americana e na procura por crude a nível internacional.

A esta hora, o Brent – de referência para o mercado europeu – consegue voltar a negociar acima da fasquia dos 70 dólares por barril, avançando 1,27% para 70,16 dólares. Por sua vez, o West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – valoriza também 1,27% para 66,87 dólares.

Os ganhos desta tarde não estar a ser suficientes, no entanto, para recuperar totalmente as quedas da sessão anterior. Os dois crudes de referência perderam 1,5% na segunda-feira, com o fantasma da recessão a pesar no mercado do petróleo.

Esta terça-feira, o Presidente dos EUA, Donald Trump, decidiu apertar ainda mais a sua política comercial. O republicano anunciou tarifas adicionais de 25% sobre as importações de ferro e de alumínio oriundos do Canadá, elevando o total das taxas alfandegária sobre estes dois produtos para 50%.

Os investidores continuam bastante atentos à possíveis desenvolvimentos nas políticas da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e dos seus aliados. Apesar de o cartel já ter anunciado que vai abrir as "torneiras" a partir de abril, o vice primeiro-ministro russo Alexander Novak – a Rússia faz parte da OPEP+ -  não descartou um passo atrás nesta retoma de produção.

"Se os preços do petróleo caírem abaixo da marca dos 70 dólares por um período alongado, os aumentos da produção podem vir a ser interrompidos", afirmou, acrescentando que o cartel está atento às políticas de Trump em relação ao Irão e à Venezuela.

11.03.2025

Wall Street negoceia dividida depois de "sell-off". Trump reúne com empresários

Os principais índices norte-americanos negoceiam em terreno dividido, depois de um "sell-off" de algumas das maiores tecnológicas do mundo, aliado a receios de uma recessão na economia norte-americana, ter levado Wall Street a registar o seu pior dia até agora este ano.

O S&P 500 sobe 0,16% para os 5.623,54 pontos, enquanto o Nasdaq Composite ganha 0,81% para 17.609,87 pontos. Já o Dow Jones cai 0,36% para 41.762,02 pontos.

Durante o dia de hoje, o Presidente norte-americano, Donald Trump, irá reunir-se com executivos de topo, numa altura em que os líderes empresariais parecem olhar com incerteza para a maior economia mundial.

"A reunião de Trump com os CEO das empresas, ainda hoje, será um apelo dos executivos para um alívio político em torno das tarifas", disse à Bloomberg Frank Monkam, da Buffalo Bayou Commodities. O especialista acrescenta que "o resultado dessas conversas talvez possa dar ao mercado alguma orientação (...)".

Durante o dia de ontem, Wall Street foi abalada pelo facto de as tarifas da Administração norte-americana aos seus parceiros comerciais e os despedimentos de funcionários públicos terem aumentado os receios de uma recessão.  

Os últimos dados económicos do lado de lá do Atlântico mostram sinais de desconfiança com a economia, com o otimismo das pequenas empresas dos EUA a diminuir pelo segundo mês consecutivo.

O índice Cboe VIX – conhecido como o "índice do medo" - fechou o dia de ontem em cerca de 28 pontos, o seu nível mais elevado em sete meses.

Entre os movimentos de mercado, a Sonoma Pharmaceuticals ganha quase 40%, após ter anunciado que iria expandir a sua atividade para o Reino Unido. Já a Tesla valoriza quase 4%, depois de a fabricante de veículos eléctricos ter caído mais de 15% esta segunda-feira. A Delta Air Lines, que cai mais de 3%, e a American Airlines, que cede mais de 1%, desvalorizam depois de terem ambas as companhias aéreas terem reduzido as suas previsões de resultados para o primeiro trimestre do ano.

Quanto às "big tech", a Nvidia avança 2,74%, a Amazon ganha 2,41%, a Microsoft sobe 0,31%, a Meta avança 2,39%, a Alphabet perde 0,12% e a Apple cai 2,34%. 

11.03.2025

Euribor sobe a três e a seis meses e desce a 12 meses

A Euribor subiu hoje a três e a seis meses, no prazo mais curto pela quinta sessão consecutiva, e desceu a 12 meses.

Com as alterações de hoje, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter descido as taxas diretoras em 25 pontos base na passada quinta-feira, a taxa a três meses, que avançou para 2,553%, continuou acima da taxa a seis meses (2,393%) e da taxa a 12 meses (2,449%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu hoje para 2,393%, mais 0,003 pontos.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a janeiro indicam que a Euribor a seis meses representava 37,75% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.

Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,52% e 25,57%, respetivamente.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor baixou para 2,449%, menos 0,012 pontos.

Em sentido contrário, a Euribor a três meses subiu hoje pela quinta sessão consecutiva, ao ser fixada em 2,553%, mais 0,006 pontos.

A taxa Euribor a três meses entra no cálculo da taxa base dos Certificados de Aforro, que é determinada mensalmente no antepenúltimo dia útil de cada mês, para vigorar durante o mês seguinte, e não pode ser superior a 2,50% nem inferior a 0%.

A taxa de juro bruta para novas subscrições de Certificados de Aforro, Série F, foi fixada de novo em 2,500% em março de 2025.

Em termos mensais, a média da Euribor em fevereiro voltou a descer a três e a seis meses.

A Euribor a 12 meses, que tinha subido em janeiro pela primeira vez depois de nove meses a cair, também desceu em fevereiro.

Assim, a média da Euribor a três, seis e a 12 meses em fevereiro desceu 0,177 pontos para 2,525% a três meses, 0,154 pontos para 2,460% a seis meses e 0,118 pontos para 2,407% a 12 meses.

Como antecipado pelos mercados, o BCE decidiu em 05 de março reduzir, pela quinta vez consecutiva em seis meses, as taxas de juro diretoras em um quarto de ponto, para 2,5%.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, deu a entender que a instituição está preparada para interromper os cortes das taxas de juro em abril, numa altura em que os juros das dívidas soberanas estão a subir.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 16 e 17 de abril em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

11.03.2025

Europa reage mista a "sell off" em Wall Street. Volkwagen sobe 2,5%

As principais bolsas europeias estão a negociar sem tendência definida, num momento em que os investidores fazem uma pausa após a derrocada do setor tecnológico da sessão anterior, devido a preocupações de que a guerra comercial poderá prejudicar o crescimento da economia dos EUA e levar o país a uma recessão.

Maiores quedas nos principais índices estão a ser travadas pelo otimismo com um possível acordo na Alemanha entre o atual Governo da CDU e os Verdes até ao final da semana sobre os gastos do país em defesa. O Dax é, aliás, a praça que mais sobe a esta hora, com avanços de 0,7%.

A esta hora, o "benchmark" para a negociação europeia, o Stoxx 600, recua modestos 0,03% para 546,02 pontos, pressionado pelos setores de viagens e lazer e saúde, que registam quedas de mais de 1%. A travar maiores perdas está o setor automóvel e dos recursos básicos, que sobem cerca de 1%.

Entre os principais movimentos, destaque para a Volkswagen que sobe mais de 2% após ter previsto uma subida no volume de negócios em 5% este ano, apesar de os lucros terem afundado 32,8% para 10.721 milhões de euros.

As ações de companhias aéreas estão a ceder, contagiadas pelo "alerta" deixado pela Delta Airlines quanto a lucros. A Ryanair cai 2,5%, a IAG cede mais de 5% e Air France KML a mergulha mais de 6%.

Entre as principais praças europeias, o francês CAC-40 avança 0,32%, o italiano FTSEMIB sobe 0,22%, enquanto o espanhol IBEX 35 valoriza 0,15%. Do lado das perdas, o britânico FTSE 100 e o holandês AEX cedem ambos 0,07%.

O foco desta terça-feira estará na reunião do Presidente dos EUA, Donald Trump, com os principais CEO de grandes empresas no mercado, numa altura em que a indústria se debate com a incerteza sobre as tarifas e uma venda do mercado de ações impulsionada por receios de uma recessão.

11.03.2025

Juros das dívidas soberanas regressam às subidas

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a agravar-se esta terça-feira, num momento em que os investidores digerem o facto de que o Governo alemão, liderado pela CDU, poder chegar a um acordo com o partido Os Verdes sobre a despesa no setor da defesa, tema que tem agitado as águas no mercado de obrigações.

Já na última semana os planos de investimento em defesa da União Europeia castigaram os juros da dívida da região, e as "Bunds" alemãs chegaram mesmo a registar o pior dia em 35 anos. Isto porque os investidores estão a exigir um maior cupão para comprarem obrigações destes países.

Assim, esta manhã, os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, agravam-se em 5,8 pontos base para 2,889%, enquanto a rendibilidade da dívida francesa cresce 3,9 pontos base para 3,580%.  

Por cá, os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, sobem 3,5 pontos base para 3,390%. Em Espanha, a "yield" da dívida com o mesmo vencimento soma 3,3 pontos para 3,517%, a mesma subida registada em Itália, para 3,995%
 
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, seguem a mesma tendência e agravam-se em 0,5 pontos base para 4,651%. 

11.03.2025

Hipótese de recessão nos EUA continua a abalar o dólar. Investidores voam para o iene

O dólar norte-americano continua em queda à boleia dos receios de que a maior economia do mundo sofra um "travão" no crescimento, consequência das políticas comerciais de Donald Trump e das tarifas sobre os principais parceiros comerciais. 

Com este cenário, o iene tem vindo a ganhar terreno como "porto seguro" no mercado de câmbio. Aliás, o dólar caiu mais de 7% de máximos de seis meses tocados em janeiro em relação à divisa nipónica. O banco do Japão tem vindo a subir as taxas de juro e os analistas acreditam que mais subidas virão.

"Historicamente, o dólar tem um desempenho superior quando temos um aumento de volatilidade, mas quando a economia e o mercado de ações norte-americanos são o ponto central de preocupação, isso limita a atratividade do dólar", explicou à Reuters Chris Weston, da Pepperstone.
Face à divisa nipónica, a nota verde está agora a avançar modestos 0,09% para 147,44 ienes. Já o índice do dólar – que mede a força da moeda norte-americana face às principais rivais – cai a esta hora 0,47% para os 103,414 pontos.

Por cá, o euro ganha força - a subir 0,66% para 1,0906 dólares - num momento em que o mercado está confiante de que, na Alemanha, o Governo da CDU e a oposição chegue a um acordo sobre os gastos do país na defesa.

11.03.2025

Ouro ganha terreno com dólar mais fraco e queda em Wall Street

Tal como as ações, as obrigações e o dólar, também o ouro será condicionado pelo discurso de Jerome Powell em Jackson Hole.

O ouro esta a negociar em alta e recuperou a posição acima dos 2.900 dólares por onça, num momento em que o dólar perde força face às principais concorrentes e depois do "sell off" registado na sessão de ontem de Wall Street. Ainda assim, os analistas e investidores seguem cautelosos devido às perspetivas da economia dos EUA.

A onça de metal amarelo está a negociar nos 2.910,13 dólares, a subir 0,74%. No acumulado do ano, já valorizou 11% e marcou sucessivos recordes.

O anúncio por parte do Presidente dos EUA, Donald Trump, de que a economia norte-americana poderia sofrer com a reformulação da política das tarifas alimentou receios sobre uma potencial contração e o metal amarelo, considerado um ativo-refúgio, pode enfrentar dificuldades durante estas liquidações do mercado.

"A tendência de alta permanece intacta", disse Ilya Spivak, da Tastylive, à Reuters, que acrescenta que "os preços têm estado estáveis entre os 2.830 e os 2.960 dólares nas últimas quatro semanas". Ainda assim, os analistas dizem que precisam de "ver um movimento convincente - acima ou abaixo desses limites - para concluir que algum tipo de movimento duradouro". 

Os investidores aguardam novos dados da inflação para avaliar o trajeto da política monetária da Reserva Federal entre tensões comerciais e receios de desaceleração económica. Esta quarta-feira, é dia de conhecer o índice de preços no consumidor (IPC) dos EUA.

11.03.2025

Petróleo fecha os olhos a recessão nos EUA e segue em alta

O afastamento da Europa da energia russa vai obrigar a grandes investimentos públicos e privados.

Os preços do petróleo estão a subir nesta terça-feira, apesar das preocupações com uma potencial recessão nos EUA, do impacto das tarifas no crescimento económico a nível mundial e de a Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) estar a caminho de aumentar a oferta no mercado.

O Brent - de referência para o continente europeu - continua negociar abaixo da barreira dos 70 dólares por barril, embora registe ganhos modestos esta manhã. O índice avança 0,39% para 69,55 dólares por barril, enquanto o West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – valoriza 0,30% para 66,23 dólares.

Os analistas do DBS Bank acreditam a abertura de torneiras da OPEP+ vai continuar flexível, dependendo das condições de mercado até lá. "Se os preços do crude caírem abaixo da marca de 70 dólares por barril durante um longo período de tempo, os aumentos na produção podem voltar a ficar em pausa. A OPEP+ também estar atenta às políticas de Trump para o Irão e para a Venezuela", disseram, em nota citada pela Reuters.

A tendência de subida já se tinha verificado na sessão anterior, isto depois de o vice primeiro-ministro russo, Alexander Novak, ter sugerido que o cartel poderia reverter a subida na produção depois de abril. 

11.03.2025

Perdas em Wall Street contagiam Ásia. Europa animada com acordo na Alemanha sobre defesa

Ainda que em terreno negativo, as bolsas na Ásia recuperaram de um mínimo intradiário de cinco semanas, com as ações em Hong Kong e na China a reduzirem as perdas. 

Dois meses depois da tomada de posse de Donald Trump como Presidente dos EUA, o sentimento do mercado tornou-se pessimista, com os investidores preocupados com o crescimento da maior economia do mundo após uma guerra de tarifas, cortes nas despesas do Governo e um abalo em relações geopolíticas de décadas. Trump admitiu mesmo este fim-de-semana uma possível contração e, ontem, o "fantasma" da recessão atingiu Wall Street, contagiando esta terça-feira as ações no continente asiático.

Ainda assim, alguns investidores veem nesta mudança uma oportunidade para comprar ações, especialmente em Hong Kong e na China, onde se espera que o Governo adote medidas para estimular a economia. Além disso, apesar do pouco apetite pelo risco, os investidores chineses compraram ações em Hong Kong em grande escala, num momento em que parece estar a haver uma recuperação impulsionada pela tecnologia.

O Hang Seng, de Hong Kong, desceu 0,7% e o Shanghai Composite estava inalterado face à última sessão. Pelo Japão, o Topix perdeu 1,1% enquanto o Nikkei recuou 0,64%. Na Coreia do Sul, o Kospi afundou 1,28%. 

Pela Europa, os futuros apontam para ganhos, com o Euro Stoxx 50 a avançar 0,5%, com o mercado animado com a possibilidade de a Alemanha chegar a um acordo até ao final desta semana sobre gastos com a despesa, sobretudo entre os Verdes e a CDU, do chanceler Friedrich Merz.

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