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Wall Street continua em queda. Receios com tarifas eclipsam cessar-fogo na Ucrânia

Os principais índices norte-americanos encerraram mais uma sessão no vermelho, apesar de terem reduzido o volume de perdas em relação a segunda-feira. Analistas apontam para um mercado muito nervoso.

Peter Morgan/AP
11 de Março de 2025 às 20:20
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Os principais índices norte-americanos encerraram a sessão desta terça-feira no vermelho, reforçando as perdas registadas na segunda-feira, quando o fantasma da recessão reintroduzido nos mercados por Donald Trump afundou Wall Street. Nem as esperanças em torno de um possível cessar-fogo na Ucrânia conseguiram retirar os mercados norte-americanos da tendência negativa que têm vivido, apesar de terem ajudado a reduzir parcialmente as perdas.

O S&P 500 continuou em trajetória negativa esta terça-feira e encerrou a sessão a perder 0,76% para 5.572,07 pontos. Desde que atingiu máximos históricos em fevereiro, quando os mercados ainda se mostravam animados com as políticas da administração Trump, as empresas que compõe este "benchmark" mundial já perderam mais de 4 biliões de dólares – com as tarifas a serem as principais responsáveis destas quedas.

No entanto, o índice que registou as maiores perdas nesta sessão foi mesmo o industrial Dow Jones, que terminou a negociação a perder 1,14% para 41.433,48 pontos. Por sua vez, o tecnológico Nasdaq Composite, que foi o mais pressionado na sessão de segunda-feira quando afundou 4%, registou uma queda modesta de apenas 0,18% para 17.436,10 pontos.

"As tarifas de Trump estão a criar uma certa raiva e nervosismo nos mercados. Vamos continuar a assistir a reações precipitadas nos próximos tempos", explica Ken Polcari, estratega de mercados da SlateStone Wealth, à Bloomberg. Tanto o S&P 500, como o Nasdaq Composite, encontram-se em território de correção, ao terem ambos perdidos mais de 10% do seu valor desde que atingiram máximos históricos.

Durante o dia e até mesmo na reta final da negociação, o Nasdaq e o S&P 500 ainda conseguiram respirar das perdas avultadas da anterior sessão. O recuo por parte de Ontário no aumento dos preços da energia fornecida aos EUA e uma Ucrânia preparada para aceitar a proposta de trégua de 30 dias na guerra com a Rússia conseguiram abafar algum do pessimismo vivido nos mercados. No entanto, foi sol de pouca dura.

"O mercado anda à procura de algo positivo depois desta última semanas, mas é difícil ficar animado com coisas que apenas podem vir a acontecer", afirma Chris Fasciano, analista de mercados da Commonwealth Financial Network, à Reuters.

Entre as principais movimentações de mercado, a Delta Air Lines caiu mais de 6%, depois de a companhia aérea ter cortado em metade as suas perspetivas de lucros para o primeiro trimestre do ano. Já a American Airlines caiu perto da mesma percentagem, depois de a empresa ter revisto em alta os prejuízos que prevê ter nos primeiros três meses de 2025.

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