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Lisboa acorda na linha d'água. Investidores divididos sobre impacto da crise política
Tanto as ações como os juros da dívida portuguesa arrancaram a sessão desta manhã sem grandes alterações, com os mercados ainda a digerir a possibilidade de novas eleições no país.
Depois de a moção de confiança ao Governo de Luís Montenegro ter sido chumbada no Parlamento, pondo o país na rota de eleições legislativas antecipadas, a atenção vira-se para a reação dos mercados financeiros. Mas por Lisboa, a negociação arrancou praticamente inalterada.
Nos primeiros minutos da sessão, o PSI soma uns leves 0,04% para os 6.741,71 pontos. Das 15 empresas que compõem o principal índice português, sete sobem, seis descem e duas mantêm-se inalteradas.
A comandar os ganhos está a Mota-Engil, a recuperar de perdas nas sessões passados. A construtora sobe 1,44%, depois de ter feito vários anúncios recentemente, como a aposta na energia, com projetos no biometano e fotovoltaico.
Semapa e BCP compõem o pódio, a crescer 0,8% e 0,5% respetivamente, acompanhados no verde ainda pela EDP Renováveis (0,29%), Sonae (0,2%), Altri (0,17%) e CTT (0,14%).
Em sentido inverso, a REN lidera as perdas, com uma queda de 0,94%, seguindo-se - com desvalorizações mais modestas - a Jerónimo Martins (-0,49%), a Nos (-0,45%), a Ibersol (-0,23%), a Galp Energia (-0,17%), em contraciclo com o preço do petróleo nos mercados internacionais, e a Corticeira Amorim (-0,12%).
A Navigator e a EDP mantinham, no arranque, a mesam cotação de fecho da sessão de terça-feira.
Pelos juros da dívida portuguesa, também arrancaram relativamente estáveis, com os investidores estrangeiros já habituados a alguma instabilidade no cenário político do país.
Por outro lado, o sentimento negativo também pode estar a ser ofuscado pelo otimismo que domina a esta hora nas principais praças europeias, animadas com a perspetiva de um cessar-fogo na Ucrânia.
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