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Montenegro pede eleições rápidas e afasta “perturbações” na vida do país
Depois da reunião com o Presidente da República, o primeiro-ministro defende que as eleições legislativas devem acontecer o mais rápido possível e admite que há condições para decorrerem logo a 11 de maio.
"Há todas as razões para que os portugueses possam fazer a sua análise, o seu juízo sobre o Governo neste ano, os projetos alternativos ao Governo, e se possa dirimir este impasse", disse esta quarta-feira o primeiro-ministro no final do seu encontro com o Presidente da República. Montenegro sublinhou por várias vezes a "situação económica, social e financeira" estável que o país atravessa e afastou que a crise política possa trazer dificuldades ao país.
"A realização de eleições legislativas antecipadas, não sendo desejável, é o que democraticamente é expectável que aconteça", mas, "ainda assim, temos todas as razões para dizer que não vai haver uma perturbação do ponto de vista do Governo e da administração pública", sublinhou, acrescentando que "não há razão para alarme e para que os instrumentos democráticos não possam funcionar de modo a não agravar a vida das pessoas".
O primeiro-ministro foi o primeiro a ser ouvido por Marcelo Rebelo de Sousa nas audições aos líderes partidários convocadas na sequência da rejeição, esta terça-feira, pelo Parlamento, da moção de confiança apresentada pelo Executivo.
"Transmitimos ao Presidente da República que a solução para este impasse deve passar pela realização de eleições legislativas antecipadas, que devem ocorrer o mais rápido possível", explicou. Marcelo, Recorde-se, já deixou em aberto duas possíveis datas, 11 de maio e 18 e maio, e Montenegro, não "podendo antecipar" a decisão final, diz que, "havendo uma dissolução do Parlamento e convocação de eleições, há todas as condições para que possa ser a 11 de maio".
Nas suas declarações aos jornalistas, no final da reunião, Montenegro esforçou-se por passar uma mensagem de tranquilidade, sublinhando por mais de uma vez que "o país vive uma situação de consolidação economica e financeira", que se assiste a um "dinamismo da nossa economia", que tem "dos melhores desempenhos da Europa", com "um nível de emprego especialmente alto e de desemprego especialmente baixo".
Além disso, o país tem "um orçamento em vigor", o Governo em gestão "pode tomar as decisões mais prementes", a execução do PRR "não está em causa e "há estabilidade financeira", destacou.
Marcelo vai continuar a ouvir os partidos ao longo do dia de hoje e amanhã, quinta-feira, reunirá o Conselho de Estado. Só depois disso será conhecida a sua decição final quanto à dissolução do Parlamento e data para a realização de eleições antecipadas, como já adiantou que fará.
(notícia atualizada com mais informação às 12:41)