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Legislativas: Livre também prefere 11 de maio e descarta coligação pré-eleitoral
Rui Tavares admite que 11 de maio será um bom dia para ir a votos, mas lembra a importância de o Parlamento assinalar os 50 anos do primeiro ato eleitoral depois do 25 de abril. Quanto a coligações com o PS admite que sim, mas só depois das eleições.
O Livre considera que o dia 11 de maio para a realização das eleições legislativas antecipadas seria da sua preferência, mas sublinha que "isso não pode colocar em causa que os 50 anos das primeiras eleições livres em Portugal sejam celebrados na Assembleia da República". Quanto ao futuro, rejeita qualquer acordo pré-eleitoral com o PS, mas não descarta uma coligação depois de o país ir a votos.
"Uma coligação pré eleitoral, não tem pernas para andar" e foi um tema lançado por Paulo Portas "mais para pressionar a Iniciativa Liberal" a juntar-se à AD, afirmou Rui Tavares em declarações aos jornalistas no final da audição desta quarta-feira com o Presidente da República.
"O Livre não tem medo de fazer coligações onde elas se justificam e consideramos que se justifica nas autarquicas porque aí não há possibilidade de se fazer coligações pós eleições", mas no caso das legislativas "é depois que os partidos têm de arranjar uma solução de governo, e aí estamos disponíves para uma solução que seja progressista e que defenda a democracia e o país", concretizou. "Aí é que se falará de convergências, agora a preferência é o Livre ir sozinho a eleições".
O líder do Livre explicou que salientou junto do Presidente da República que entre o dia de hoje e o das eleições temos uma data muitíssimo importante. temos o 25 de abril" e este ano "completaremos 50 anos sobre o primeiro dia em que os portugueses votaram livremente e fizeram-no em massa, com uma adesão de mais de 90%".
Neste contexto, "vemos com espanto que seja sequer uma questão sobre se a Assembleia da República fará ou não a sessão solene nos 50 anos da Assembleia Constituinte, frisou".
Rui Tavares reiterou, também, as críticas a Luís Montenegro que, diz, "colocou os seus intereses pessoais à frente dos interesse do país", optando por não colocar a sua empresa "com uma gestão profissional independente, como é feito noutros países e teria resolvido a questão desde o início".
"Não quis nunca considerar essa hipoteses e o tempo o dirá porque a rejeita tão cabalmente", assim "obrigando o país a ir para eleições antecipadas e colocando-nos neste fim de linha".
"Cabe agora às portuguesas e portugueses escolher o interesse do país contra qualquer chantagem política que seja feita", rematou.