O presidente da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, vê 11 de maio como uma "data muito provável" para eleições legislativas antecipadas e afirma que o partido pretende avançar para o ato eleitoral sozinho, procurando um reforço da votação. 

"Parece-me que existe - da nossa parte, seguramente, mas creio que não só - a ideia de que quanto mais depressa o país puder sair desta circunstância, deste impasse político, tanto melhor. Portanto, creio que é uma data muito provável", indicou Rui Rocha após ter sido ouvido, nesta quarta-feira, pelo Presidente da República na ronda aos partidos após o chumbo da moção de confiança ao Governo de Luís Montenegro que resultará em eleições antecipadas.

Nas declarações após o encontro, Rui Rocha explicou que a IL irá para o ato eleitoral sem uma coligação em vista com o PSD e para "pedir aos portugueses um reforço da votação" no partido. 

"A Iniciativa Liberal já nas eleições anteriores decidiu apresentar-se com as suas ideias, as suas propostas, a sua visão do país, e faz todo o sentido que seja aquilo que acontece novamente", defendeu, independentemente da situação que envolve Luís Montenegro e a emprea Spinumviva, agora alvo de averiguação preventiva por parte do Ministério Público na sequência de denúncias anónimas. "Não é uma questão da circunstância, nem de pessoas", disse.

"Da nossa parte, faremos tudo para que não sejam eleições pessoalizadas, focadas nas questões de carácter, nas questões pessoais. Queremos discutir o país, queremos discutir propostas", afirmou ainda o líder dos liberais.

Ainda assim, Rui Rocha admitiu que os dois meses até eleições "são um prazo suficientemente longo para haver muitos factos, muitas novidades". "A IL será transparente com os portugueses, mas neste momento essa transparência significa apresentarmos as nossas propostas".

No final da audiência com Marcelo Rebelo de Sousa, Rui Rocha revelou também que o Presidente promulgou já o decreto para a deseagregação de 302 freguesias, confirmado em reapreciação pelo Parlamento.