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Eleições não são "estorvo" mas oportunidade para desbloquear o país, diz Pedro Nuno Santos
Também o PS espera que as eleições antecipadas se realizem o mais depressa possível. Sobre averiguações do Ministério Público sobre empresa Spinumviva, é preciso "aguardar com cautela, prudência e respeito".
O secretário-geral do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos, defende que a realização de eleições antecipadas, esperadas em meados de maio após o chumbo da moção de confiança ao Governo de Luís Montenegro, será uma oportunidade para clarificação que poderá trazer estabilidade.
"Não devemos olhar para os atos eleitorais como momentos quer sejam um estorvo para a nossa vida política democrática. Antes pelo contrário, é uma oportunidade para desbloquearmos a situação de crise política em que estamos e de iniciarmos uma nova fase da vida política em Portugal, com estabilidade, com confiança nas instituições, com confiança no Governo, com confiança no primeiro-ministro", defendeu à saída do encontro com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que nesta quarta-feira ouve os partidos e amanhã reúne o Conselho de Estado.
Em declarações nas quais apontou falhas ao Governo em áeas como a saúde ou a habitação, afirmando que "depois da distribuição do execedente que o anterior Governo deixou não conseguiu trazer mais nada ao país", o líder socialista defendeu que o partido está "preparado" para uma novas fase da vida política. "É um partido com uma grande experiência governativa, que também aprende com aquilo que correu bem, com aquilo que correu mal", defendeu.
Tal como o PSD, também o PS espera que as eleiçoes se realizem "o mais depressa possível", sendo as datas para já indicadas como possíveis pelo Presidente as de 11 e 18 de maio.
Quanto a possíveis desfechos do ato eleitoral que conduzam a um eventual novo Governo minoritário, desta vez socialista, Pedro Nuno Santos disse esperar de PSD e CDS as mesmas condições que foram garantidas pelo PS. "O PS vai estar nesta campanha para ganhar as eleições. Esse é o único cenário em que trabalhamos. Obviamente, aquilo que fizemos neste último ano na oposição foi garantir condições de estabilidade para que a AD pudesse governar. Por isso, não exigimos nada mais do que o mínimo que o PS no último ano deu ao país e deu à AD", afirmou.
Sobre o anúncio desta quarta-feira de início de averiguações preventivas por parte da Procuradoria-Geral da República a Luís Montenegro e à empresa Spinumviva, o secretário-geral do PS disse é preciso "aguardar com cautela, com prudência e respeito pelo trabalho que as outras instituições do nosso Estado de Direito democrático hão de fazer". "É importante restituirmos a confiança dos portugueses no primeiro-ministro, no Governo".