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Bolsa italiana cai mais de 1,5% com partido de Berlusconi a renovar ameaça de demissão

A tensão política em Itália está a subir de tom. O partido de Silvio Berlusconi renovou esta quinta-feira a ameaça de demissão do Senado, o que põe em risco a manutenção do Governo. E o Presidente italiano, Giorgio Napolitano, veio a terreno acusar os deputados de “distúrbio institucional”.

26 de Setembro de 2013 às 12:17
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O Presidente italiano diz que a posição que tem sido tomada pelos deputados do partido de Berlusconi é um “distúrbio institucional”.

 

“Ontem [quarta-feira] ocorreu, subitamente, um distúrbio institucional político a que eu dediquei toda a minha atenção”, declarou o Presidente italiano através de um comunicado que está a ser divulgado pela imprensa internacional.

 

Em causa está a ameaça feita pelo partido de Silvio Berlusconi, o PdL, de apresentaram a sua demissão em bloco do Senado e consequentemente pedirem a dissolução do Parlamento. A concretização destas ameaças faria cair o Governo liderado por Enrico Letta, uma vez que este perderia a maioria que tem actualmente.

 

Estas ameaças estão a deixar os investidores nervosos. A bolsa italiana está a cair 1,72% para 17.777,91 pontos, distanciando-se das quedas registadas entre as congéneres europeias, onde as descidas são, na maior parte dos casos, inferiores a 0,5%.

 

Os juros italianos também estão a subir, ainda que de forma moderada, com as taxas de juro implícitas nas obrigações a subirem entre 6,6 pontos base para 1,798%, no prazo a dois anos, e 7,1 pontos para 3,123%, na maturidade a cinco anos.

 

A tensão política em Itália está assim a ganhar força, num processo que se arrasta desde Junho, mês em que Berlusconi foi considerado culpado por fraude fiscal. O Senado ainda tem de votar a manutenção ou expulsão de Berlusconi, mas este último já ameaçou por diversas vezes provocar a queda do Governo.

 

As ameaças mais recentes foram feitas pelos próprios deputados do PdL, que prometem assim fazer cair o Governo, provocando eleições e uma crise política no país, numa altura em que Itália está a implementar medidas para cumprir as metas de consolidação orçamental.

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