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Berlusconi volta a ameaçar implodir coligação governamental em Itália

O ex-primeiro-ministro italiano não admite outra hipótese que não a abolição do Imposto Imobiliário.

REUTERS Dylan Martinez
09 de Agosto de 2013 às 16:54
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Silvio Berlusconi, principal figura do PdL, veio esta sexta-feira reforçar a sua posição, assumida como o seu principal cavalo de batalha durante a última campanha legislativa, no início do ano, relativamente ao Imposto Imobiliário (equivalente ao IMI em Portugal).

 

Depois de na quinta-feira o Ministério da Economia, liderado por Arnaldo Saccomani, ter apresentado um documento que prevê nove hipóteses de reforma do Imposto Imobiliário (Imu), que coloca, por exemplo, em causa a abolição deste imposto sobre a primeira habitação, Berlusconi veio a terreno iniciar nova manobra política.

 

Berlusconi não admite qualquer negociação sobre o Imu cuja “abolição está na base do acordo” de Governo acordado com o PD. O PdL lembra que existe uma “linha desenhada” e Berlusconi acrescenta “que não irão poupar esforços” quanto a uma questão que classifica como “batalha de liberdade, porque 80% das famílias italianas são proprietárias da casa onde vivem, e aí fundam a certeza sobre o seu futuro”.

 

O jornal Corriere della Sera atribui, no seu sítio oficial, a Il Cavaliere as seguintes afirmações: “Atacar Saccomani”; “Atacar o PD”. Esta postura é vista pela generalidade dos analistas como uma manobra política que lhe permita iniciar, por antecipação, uma guerra a culminar com eleições “no Outono”, vislumbra o diário italiano.

 

O actual primeiro-ministro, Enrico Letta, líder do partido mais votado entre os membros da grande coligação que governa Itália, prefere continuar na defensiva, tentando, desta forma, preservar a estabilidade governativa necessária para encarar a formulação do próximo orçamento do Estado com melhores condições políticas do que aquelas que se verificam actualmente.

 

Preocupado com a estabilidade política, posta em causa desde a condenação de Berlusconi pelo caso Mediaset, Letta promete conclusões sobre o Imu para “o final de Agosto”, recomendando que se “discutam as propostas de Saccomani” em vez de se “criarem polémicas”. Finaliza dizendo que “o Governo está mais são do que se possa pensar”.

 

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