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S&P sobe rating de Portugal para A com "outlook" positivo

A prudência orçamental e a redução da dívida pública foram fatores decisivos para a revisão em alta, que coloca o país no sexto nível mais elevado da agência de notação.

Armando Franca/AP
28 de Fevereiro de 2025 às 21:06
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A agência de notação S&P subiu o rating de Portugal para A face a A- esta sexta-feira, atribuindo também um "outlook" positivo, o que coloca o país no sexto patamar mais elevado da sua escala.

Em comunicado, a agência refere que Portugal "prepara-se para registar ligeiros excedentes orçamentais entre 2025-2028, reduzindo a dívida pública em percentagem do PIB mais rapidamente do que a maioria das outros países europeus desde a pandemia".

A S&P refere ainda que, "apesar do ambiente comercial e geopolítico altamente incerto, a contínua desalavancagem externa em percentagem do PIB e os recebimentos da conta corrente melhoram o seu perfil externo".

A agência espera assim uma implementação das políticas do governo relativamente tranquila, "direcionada para a prudência orçamental, apesar do parlamento fragmentado". Apesar disso, refere que o cenário de eleições antecipadas em 2025 é improvável.      

Já quanto ao "outlook" positivo, reflete a visão da agência que "o historial sólido de implementação de políticas do governo, juntamente com as tendências que suportam a posição externa da economia – como refletidos  pelos excedentes da conta corrente apesar da incerteza macroeconómica global – e a descida da dívida pública em percentagem do PIB, podem levar a uma ação positiva do rating nos próximos 12 meses".

Contudo, a agência alerta para o risco "significativo" que decorre da incerteza comercial e geopolítica, apesar de apenas 8% das exportações nacionais se destinarem aos EUA, assinalando a pressão para o aumento da despesa com defesa, embora não imediata. A S&P também alerta para a "desafiante" execução rápida dos fundos europeus remanescentes do Next Gen EU.              

A subida ocorre depois de a agência ter decidido na última revisão, em agosto do ano passado, manter o rating de A-, em que se encontrava desde março. Foi nesse mês que a S&P decidiu elevar a dívida portuguesa para o "clube" do A – a última das quatro grandes agências a fazê-lo.  

A S&P foi a segunda das principais agências de rating a avaliar a notação de Portugal este ano, depois de em janeiro a DBRS ter subido a notação da dívida nacional para A (elevado). Seguem-se agora a Fitch (que atribui um rating de A- com outlook positivo) e a Moody’s (A3 com perspetiva estável).

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