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Napolitano diz que Berlusconi deve acatar a sua condenação
O Presidente de Itália revelou que não pretende exercer o poder de indulto e que o antigo primeiro-ministro de Itália, condenado por fraude e evasão fiscal, não sendo uma excepção, deve aceitar a decisão do tribunal.
“Qualquer sentença definitiva, e a subsequente obrigação de a aplicar, deve ser aceite. Isto é válido para o caso que tem estado no centro da atenção mediática como para qualquer outro caso”, afirmou Giorgio Napolitano em relação à condenação de Silvio Berlusconi, num comunicado divulgado na noite desta terça-feira, cita a Bloomberg.
Com estas declarações, o Presidente de Itália responde aos membros do partido de Berlusconi que ameaçaram demitir-se em protesto contra a condenação de “Il Cavaliere” e estão a pressionar Napolitano para que conceda um perdão a Berlusconi. Uma demissão dos membros do PDL pode pôr em risco a coligação governamental de Enrico Letta e levar mesmo à queda do Governo.
De acordo com um dos advogados de Berlusconi, Franco Coppi, o antigo primeiro-ministro está a considerar requerer um pedido de indulto junto do Presidente italiano e assegura que o seu cliente vai continuar a lutar contra as tentativas de o afastarem da vida política.
Napolitano afirmou, ainda no comunicado, que ainda não lhe foi entregue nenhum pedido e se tal for solicitado será alvo de um “exame objectivo e rigoroso”, seguindo o procedimento normal neste tipo de casos.
Segundo uma lei aprovada em Dezembro no parlamento, ainda sob a liderança de Mario Monti, pessoas que sejam condenadas a mais de dois anos de prisão estão impedidas de ser candidatos a cargos políticos e de ocupar um assento parlamentar nos seis anos seguintes à condenação.