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CEO da Volkswagen nos EUA dirá no Congresso que sabia de manipulação desde 2014

O presidente e CEO da Volkswagen nos Estados Unidos vai reconhecer, perante o Congresso, que tinha conhecimento da manipulação dos resultados de testes sobre emissão de gases poluentes desde o início de 2014. Michael Horn testemunha esta quinta-feira.

Reuters
08 de Outubro de 2015 às 09:57
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O presidente e CEO da Volkswagen nos Estados Unidos, Michael Horn (na foto), que vai testemunhar esta quinta-feira, 8 de Outubro, perante uma comissão de inquérito do Congresso dos Estados Unidos, confirmará que tinha conhecimento, desde 2014, da manipulação de resultados de testes relacionados com a emissão de gases poluentes dos veículos a gasóleo.

 

Num documento divulgado publicamente e que contém algumas notas que Michael Horn utilizará no seu discurso de hoje, o presidente do fabricante alemão deverá também voltar a pedir desculpa em nome da Volkswagen devido à manipulação de resultados, facto de que teria conhecimento desde a Primavera de 2014.

 

"Na Primavera de 2014 (…) foi-me dito que haveria um possível incumprimento de emissões que poderia ser remediado", é uma das afirmações que o presidente da Volkswagen deverá hoje dizer na sua declaração inicial perante os congressistas norte-americanos.

 

No documento citado pelo jornal britânico The Guardian, Michael Horn deverá ainda dizer na comissão de energia e comércio do Congresso dos Estados Unidos de que sabia da existência de "sanções contra o incumprimento com os padrões de emissões" de gases poluentes. Horn deverá ainda garantir ter sido "informado que os engenheiros [da Volkswagen] iriam trabalhar com as agências [de regulação] para resolver o assunto".

 

O escândalo relacionado com o recurso a um dispositivo no motor dos veículos a gasóleo para dissimular as reais emissões de gases poluentes por parte da Volkswagen começou, precisamente, numa investigação iniciada nos Estados Unidos. A empresa alemã, que é o maior fabricante automóvel europeu,

Na Primavera de 2014 (…) foi-me dito que haveria um possível incumprimento de emissões que poderia ser remediado.
Declaração retirado do discurso que Michael Horn vai realizar esta quinta-feira no Congresso dos Estados Unidos 

tem sido pressionada no sentido de identificar os responsáveis pela manipulação e de encontrar uma forma de resolver o problema nos veículos equipados com software ilegal.

 

Na última quarta-feira, Hans Dieter Poetsch, chairman da Volkswagen, defendeu, numa conferência realizada em Wolfsburg, cidade onde a empresa está sediada, que "a ninguém serve a especulação ou relatórios preliminares vagos". "Portanto, ainda levará algum tempo até que possamos deter resultados factuais e confiáveis para que depois possamos avançar com informação abrangente", explicou o chairman da empresa germânica.

Entretanto, a Volkswagen entregou ontem ao regulador alemão um "plano abrangente" que pretende solucionar os problemas relacionados com a utilização de um dispositivo ilegal em 11 milhões de veículos a gasóleo em todo o mundo.

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