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Governo afasta Luís Guerreiro do IAPMEI. José Pulido Valente é o novo presidente

O Governo fala em vontade de "dar um novo impulso" à Agência para a Competitividade e Inovação. O até aqui presidente, Luís Guerreiro, foi afastado do cargo pelo ministro da Economia na terça-feira, sabe o Negócios.

Luís Guerreiro, presidente do IAPMEI
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José Pulido Valente vai ser o novo presidente do IAPMEI, em substituição de Luís Guerreiro, demitido na terça-feira pelo ministro da Economia. O nome de Pulido Valente foi anunciado esta quarta-feira pelo Governo, que o justifica com a vontade de "dar um novo impulso a este organismo".

"Inicia-se assim uma nova etapa da IAPMEI, focada na necessidade de melhorar o nível de serviço com as empresas e a eficiência da instituição, bem como a celeridade na avaliação e resposta aos programas de incentivo em curso", pode ler-se no comunicado.

O até aqui presidente, Luís Guerreiro, foi afastado do cargo pelo ministro da Economia. A demissão, avançada pelo jornal Público e confirmada pelo Negócios, acontece a um dia de Guerreiro terminar o primeiro ano de mandato. 

O anúncio da demissão teve lugar na terça-feira, durante uma reunião entre o ministro da Economia, Pedro Reis, e Luís Guerreiro, sabe o Negócios. O presidente do IPAMEI já comunicou internamente aos trabalhadores da Agência para a Competitividade e Inovação que este seria o seu último dia em funções, segundo informação recolhida pelo Negócios.

Na reunião terá sido dado a entender pelo governante que era necessário dar uma nova dinâmica ao IAPMEI, razão que terá presidido ao afastamento de Luís Guerreiro.

O até aqui presidente daquele organismo estava nomeado para o cargo, ao passo que os outros dois elementos do conselho diretivo se encontram em regime de substituição.

Sobre o presidente cessante, o comunicado do Governo diz apenas que, "com a entrada do novo presidente do IAPMEI, cessará funções Luís Filipe Pratas Guerreiro".

José Pulido Valente tem carreira na área da banca. Começou o seu percurso em 1983, no Banco Pinto & Sottomayor, como analista do departamento de Internacional, indica a biografia disponibilizada pelo Governo. Em 1985, liderou o departamento jurídico do BCP, onde mais tarde veio a desempenhar funções de responsável pelo marketing, de diretor-geral do Private Banking e diretor-geral do Departamento de Qualidade. Em 1997 assumiu a presidência do antigo Banco 7 e em 2001 o cargo de CEO do ActivoBank. Foi ainda vice-CEO do ActivoBank em Espanha, até 2003, diretor-geral da rede de retalho do Millennium BCP para a região Sul, até 2006, e diretor de Corporate Banking até 2021. Foi diretor coordenador da
Direção de Crédito Especializado e Imobiliário até ao momento.

O afastamento de Luís Guerreiro é o mais recente de uma lista de saídas de dirigentes de cargos públicos desde que o atual Governo tomou posse. No mês passado foi demitida a administração da Parpública, empresa que gere as participações do Estado e que era presidida desde o final de 2023 por José Realinho de Matos. A postura mais reativa do que preventiva foi uma das razões apontadas para o afastamento.

Em abril, o Executivo exonerou a mesa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa liderada pela provedora Ana Jorge. A exoneração aconteceu depois de o Governo ter pedido um plano de reestruturação urgente, tendo em conta os dados financeiros que indicavam uma situação frágil da Santa Casa.

Em maio, presidente do Instituto da Segurança Social, Ana Vasques, que estava nomeada para o cargo até 2028, apresentou a demissão à ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. Justificou a demissão com "a posição pública assumida pelo Governo" a propósito dos acertos na retenção na fonte de IRS nas pensões pagas em abril e em maio.

Notícia em atualizada 

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