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Orçamento: Governo espera pelo PS, que aguarda que seja marcada nova reunião

Os socialistas pediram 48 horas e o Governo espera que passe este tempo e que, depois, lhe sejam apresentadss propostas. Alexandra Leitão aguarda que seja convocada nova reunião e o Chega, que tinha voltado a admitir negociar, retirou-se novamente da equação.

O Governo retomou esta terça-feira as negociações com a oposição no âmbito do OE para 2025. Esta quarta vai ainda reunir-se com o Chega que estava nas jornadas parlamentares.
José Sena Goulão/Lusa
11 de Setembro de 2024 às 18:32
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O Governo está à espera das propostas do PS para o Orçamento do Estado para 2025, mas respeitando o prazo que foi pedido pelo partido liderado por Pedro Nuno Santos depois da reunião desta terça-feira. Já o PS, diz que estará preparado dentro das 48 horas combinadas com o Executivo e que aguarda uma convocatória para nova reunião. Quanto ao Chega, depois de num primeiro momento ter dito que estava fora das negociações, e que tal decisão era irrevogável, voltou a inlcuir-se na equação, admitindo negociar se o Governo se afastasse do PS e entretanto já veio dizer que estava novamente fora porque o Governo "continua a negociar" com os socialistas. 

Em poucas linhas, é este o balanço atual das negociações entre o Governo e os dois maiores partidos da oposição relativamente ao Orçamento do Estado (OE) para 2025, cuja proposta deverá ser entregue no Parlamento a 10 de outubro. 

""Estamos à espera. O PS pediu tempo que ainda não passou para preparar ou apresentar propostas e por isso estamos à espera das propostas do PS", afirmou esta tarde António Leitão Amaro em declarações aos jornalistas no final da reunião do Conselho de Ministros.

"Até hoje, todos os partidos apresentaram alguns contributos e ideias exceto o PS. Respeitamos a sua opção, mas estamos à espera. E quando passar a pausa que o PS pediu, o Governo espera poder  receber e contactará para saber o que vem dessa bola que o PS agora tem nas mãos", acrescentou o ministro da Presidência.

Também hoje, poucas horas antes, Alexandra Leitão, líder parlamentar socialista, tinha também feito um ponto de situação. "O que ficou combinado foi que o PS, em cerca de 48 horas, está preparado e a partir daí, aguardamos uma convocatória, um convite para uma nova reunião e aí dicutiremos o que tivermos de discutir", afirmou, em declarações aos jornalistas no Parlamento. "Estamos disponíveis para uma reunião e aguardamos a marcação dessa reunião", sublinhou. 

Nos últimos dois dias, recorde-se, decorreu uma segunda ronda de conversas entre Governo e partidos da oposição para negociar a proposta de OE para 2025. "Ontem concluímos o ciclo de fornecimento de informação sobre o OE" e "o que demos [sobre o cenário macro] a todos os partidos em condições de igualdade foi muito mais do que outros governos têm feito e muito mais cedo", destacou António Leitão Amaro, voltando a frisar: "O país espera pelo tempo e pelas propostas do PS".

Refira-se que o Chega, depois de ter dito que iria votar contra, voltou a admitir negociar propostas com o Governo para o Orçamento se este não negociasse com os socialistas, mas esta quarta-feira veio de novo avisar que estava fora. "É irrevogável", voltou a declar André Ventura, citado pela Lusa, em declarações aos jornalistas também no Parlamento. "Não há o 'se', o Governo está a negociar com o PS, logo o Chega está fora destas negociações", insistiu. Para o Chega voltar a negociar "teria de ser outro orçamento, não este", rematou Ventura.

"O Governo está aberto ao diálogo com todos. Excluem-se das negociações os partidos que se excluem", declarou, por seu turno, António Leitão Amaro. "O Bloco e o PCP já o fizeram. Se outros se excluírem são eles que se excluem".

O ministro da Presidência voltou a sublinhar que "o Governo entende que a prioridade é o país ter um orçamento e estamos profundamente comprometidos com isso" e com disponibilidade para "negociar propostas", incluindo "no domínio do IRC e do IRS Jovem", mas "naturalmente que isso implica esforços de aproximação de todos". 

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