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Maior ataque terrorista em 50 anos mata 12 pessoas e fere 11

Um dos piores atentados terroristas dos últimos 50 anos em França provocou a morte de 12 pessoas e feriu 11. Oito das vítimas mortais eram jornalistas do semanário Charlie Hebdo. França está em alerta máximo.

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Eram 11h30 em Paris quando três homens armados entraram nos escritórios do semanário francês Charlie Hebdo. Estava a decorrer a reunião editorial. Encapuzados e vestidos de negro, os dois atiradores "começaram a disparar com kalashnikovs, evocando o 'profeta' e gritando 'Allahu Akbar' (Deus é grande)". Durante mais de dez minutos, os atacantes dispararam, pelo menos, 30 vezes contra jornalistas e funcionários da revista. Doze pessoas morreram e onze ficaram feridas, quatro delas em estado muito grave. Entre as vítimas mortais estão dois polícias que guardavam as instalações e os quatro principais cartoonistas do semanário: Charb (também director da publicação), Cabu, Wolinski e Tignous.

 

Os atiradores conseguiram escapar e, até à hora de fecho desta edição, ainda não tinham sido encontrados. No entanto, perto das 20h00 (hora de Lisboa), o jornal francês Le Monde avançou que a polícia já tinha localizado os três suspeitos.

 

O ataque gerou, rapidamente, uma onda de indignação e consternação. Em menos de uma hora, François Hollande compareceu no local do ataque. "A França está em choque. Trata-se de um atentado terrorista, não há a menor dúvida", afirmou o presidente francês. Minutos mais tarde, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, escrevia na sua conta no Twitter que os "assassínios cometidos em Paris são revoltantes". "Estaremos ao lado do povo francês no combate contra o terrorismo e pela defesa da liberdade de imprensa".

 

As reacções sucederam-se ao longo de todo o dia, classificando o ataque como um "acto bárbaro", "intolerável" e "cobarde". Ao cair da noite, várias vigílias ocorriam já em diversas cidades francesas. A mensagem "Je Suis Charlie" encheu as ruas, as redes sociais e outros meios de comunicação social. A Radio France, o Le Monde e a France Télévisions emitiram um comunicado conjunto onde colocaram à disposição do Charlie Hebdo os meios humanos e materiais necessários para que o semanário "continue a viver". "Os três grupos convidam todos os meios de comunicação social franceses a fazerem o mesmo para defender os princípios  de independência e liberdade de pensamento e expressão, garantias da nossa democracia", escreveram os presidentes do três grupos franceses.   

 

Ao final do dia, o presidente francês voltou a reagir ao ataque terrorista. Através das televisões, Hollande prometeu julgar e punir os autores do crimes. "Hoje [quarta-feira], toda a República foi atacada, assim como a liberdade de expressão, a cultura, o pluralismo, a democracia", afirmou o chefe de Estado francês, tendo pedido a união de todos os franceses. "A nossa melhor arma é a nossa unidade, a unidade de todos os cidadãos face a esta prova. Nada nos deve separar".

 

Esta quinta-feira é dia de luto nacional em França, com a realização de um minuto de silêncio às 12h00 de Paris (11h00 em Lisboa). 

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