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Cronologia: Outros ataques a media franceses nos últimos 50 anos

O jornal satírico Charlie Hebdo foi atacado esta quarta-feira. Porém, esta não é a primeira vez que media franceses são alvo de ataques terroristas. O Le Monde e o Les Echos lembraram alguns casos, que replicamos em baixo.

DR
07 de Janeiro de 2015 às 22:25
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1961-1962 

No início da década de 60, a Organisation Armée Secrète (OAS), um grupo paramilitar de extrema-direita, visava jornais, acusando-os de quererem abandonar o território argelino e chegar a acordo com a Frente de Libertação Nacional da Argélia. Jacques Fauvet e Jean Planchais, jornalistas do Le Monde, viram as suas casas serem destruídas, embora sem vítimas mortais. A sede do Figaro foi também atacada com uma bomba.

 

1979 

Mais uma vez a extrema-direita. Em Abril de 1979, foi colocada uma bomba na redacção do Le Monde. O ataque foi reinvindicado por uma "misteriosa liga de combatentes contra a ocupação judaica". A 31 de Março, o mesmo grupo já tinha organizado um atentado bomba contra o Le Matin de Paris. Era um período tenso, pouco tempo depois de ter sido assinado o tratado de paz entre Israel e o Egipto

 

1985 

O grupo de extrema-esquerda Acção Directa coloca uma bomba na entrada do jornal de extrema-direita Minute, em Abril de 1985. É a segunda vez que o faz. Jean-Marie Le Pen, líder da Frente Nacional, diz que se trata de uma "campanha de ódio". Não houve mortos, mas foi aberta um buraco com um metro de diâmetro na fachada do edifício.

 

1985 

O mesmo grupo – Acção Directa – organiza dois ataques no mesmo dia. Contra a Antenne 2 e a Radio France. O objectivo era protestar contra a ida de Le Pen às duas redacções.

 

1991

 

Em Janeiro de 1991, durante a Guerra do Golfo, explodiu uma bomba no Libération. A recepcionista e dois seguranças ficaram feridos. Uma mensagem deixada no local justifica o ataque com a cobertura feito pelo jornal do conflito no Iraque.

 

2004 

Um homem com transtornos mentais entrou no Le Monde armado com uma espingarda de canos serrados. Depois de alguns minutos de negociação com Olivier Biffaud, chefe de redacção, e Edwy Plenel, director, o homem acabou por baixar a arma, que estava carregada com dois cartuchos. A segurança no Le Monde foi reforçada a partir desse dia.

 

2011 

Durante a noite de 2 Novembro de 2011, a sede do jornal francês Charlie Hebdo, foi atacada com um cocktail de molotov, que provocou um incêndio que destruiu parcialmente a redacção. No mesmo dia, o site jornal foi alvo de ataques informáticos.

 

2013 

Depois de ter entrado na sede da BFM-TV e ameaçado o director, Abdelhakim Dekhar, de 48 anos, fugiu e dirigiu-se à redacção do Libération, onde feriu gravemente um repórter fotográfico na entrada do edifício. Acabaria por disparar sobre a sede da Société Générale, raptando mais tarde um automobilista. Depois de uma longa perseguição, foi encontrado num parque subterrâneo. Nunca revelou quais foram os seus motivos concretos, mas em cartas anteriores ao ataque falava das guerras na Líbia e Síria, criticava o capitalismo e acusa os media de manipularem a opinião pública.

 

2015 

Quarta-feira, 7 de Janeiro. Três homens armados com espingardas entraram na redacção do jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris, assassinando 12 pessoas e fazendo outros 11 feridos, quatro dos quais em estado grave. 

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