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Hollande: "Tudo será feito para apanhar os autores do crime" contra a revista Charlie Hebdo

O presidente francês declarou que "toda a República foi atacada", a par da "liberdade de expressão, a democracia, o pluralismo". François Hollande pediu a união de todos os franceses, ao mesmo tempo que prometeu punir os autores do ataque à Charlie Hebdo.

Reuters
07 de Janeiro de 2015 às 19:44
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A República francesa está ferida, mas vai manter os seus ideais de justiça e de paz, apesar do ataque à revista satírica Charlie Hebdo, do qual resultaram doze mortos e 11 feridos, quatro deles em estado grave, segundo dados oficiais da polícia gaulesa.

 

Esta foi a mensagem que o presidente francês transmitiu aos seus cidadãos nesta quarta-feira, 7 de Janeiro, poucas horas após três homens terem realizado o ataque e num momento em que as autoridades gaulesas montaram uma gigantesca caça ao homem na região de Paris.

 

"Os mortos, e todos aqueles que hoje ficaram feridos devido a este ataque, são hoje os nossos heróis", declarou François Hollande a partir do Palácio do Eliseu.

"Hoje foi toda a República que foi atacada, assim como a liberdade de expressão, a cultura, o pluralismo, a democracia", afirmou. O Chefe de Estado gaulês anunciou que amanhã, 8 de Janeiro, vai ser declarado o luto nacional, com a realização de um minuto de silêncio às 12 horas de Paris (11 horas em Lisboa).

 

O presidente prometeu encontrar os criminosos para levá-los perante a justiça. "Devemos responder à altura do crime que nos atingiu. Procurar os autores do crime para julgá-los e puni-los. Tudo será feito para os apanhar".

 

Num momento difícil para o país, pediu a união de todos os franceses. "A nossa melhor arma é a nossa unidade, a unidade de todos os cidadãos face a esta prova. Nada nos deve separar".

 

As autoridades francesas estão no terreno, assegurou, e estão preparadas para responder a todas as ameaças. O país está em alerta máximo e está em marcha o programa anti-terrorismo francês Vigipirate, garantiu.

 

"A França sempre venceu os seus inimigos. Sempre conseguiu ultrapassar as suas provas. É grande quando está ao seu melhor nível".

 

O presidente da República anunciou que vai reunir-se amanhã com os partidos representados no Parlamento. Antes disso, ter lugar uma reunião de crise pelas 8 horas (9 horas em Lisboa) no Palácio do Eliseu.

 

Hollande vai estar sentado à cabeceira da mesa onde vão estar presentes o primeiro-ministro Manuel Valls, assim como vários outros ministros e os directores dos diversos serviços de segurança franceses.

 

"Devemos unir-nos e só assim ganharemos. Nada nos poderá desviar da nossa determinação. Viva a República. Viva a França", concluiu.

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