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Interferência de comunicações na Champions obriga a trabalho redobrado da Anacom

Na final da Liga dos Campeões há muitos equipamentos de comunicações sem fios. O que pode ser uma dor de cabeça para quem gere o espectro (que permite essas ligações). A Anacom está a trabalhar no processo desde Novembro de 2013.

Bruno Simão/Negócios
18 de Maio de 2014 às 10:00
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Há muitos equipamentos, como telemóveis, walkie-talkies, microfones, ligações vídeo, entre outros, que são necessários num evento como a final da Liga dos Campeões que terá lugar, em Lisboa, no Estádio da Luz, no dia 24 de Maio, no próximo fim-de-semana.

 

Para que todos esses equipamentos, sem fios, sejam utilizados é preciso disponibilização do chamado espectro radioeléctrico, que são as ondas electromagnéticas que permitem essas ligações móveis. Mas para que haja espectro, a Anacom tem de autorizar e disponibilizá-lo.

 

O regulador do sector das comunicações está a trabalhar com a UEFA desde Novembro do ano passado para preparar o evento, disse ao Negócios fonte oficial da Anacom, acrescentando que "já há diversos elementos da Anacom devidamente acreditados para acompanhar a preparação e a realização do próprio evento, de modo a assegurar que não haja interferências entre os diversos sistemas de radiocomunicações que vão ser utilizados para a cobertura do evento".

 

Não tem dúvidas, no entanto, que "a realização deste evento determina um acréscimo significativo de actividade da Anacom, que é responsável pelo licenciamento radioeléctrico e pela monitorização e controlo dos meios radioeléctricos que serão utilizados nesse evento, dada a enorme utilização simultânea de espectro, e concentrada no mesmo local".

 

O espectro tem de ser alocado aos operadores com critério, sob pena de haver interferências. "As equipas de monitorização e fiscalização permitem um acompanhamento contínuo de utilização das frequências e, caso necessário, a resolução de situações anómalas no terreno", acrescenta fonte oficial do regulador.

 

Para isso, já foram concedidas licenças radioeléctricas temporárias para walkie-talkies, microfones emissores, monitores auriculares, ligações de vídeo e estações SNG (para as transmissões por satélite). As licenças habitualmente são requeridas pelas televisões e rádio, mas às vezes também pelos jornais, e ainda, concretiza a Anacom, pelas equipas de segurança, empresas de serviços que se encontrem a operar durante esses dias no Estádio, etc.

 

As forças de segurança e os bombeiros utilizam a rede própria, que está licenciada. A Anacom tem de garantir que "não existem interferências com as frequências utilizadas por eles".

 

Para obter as licenças temporárias, o pedido tem de ser dirigido à Anacom.

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