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Monte dei Paschi perdeu mais 7,5% na antecâmara do resgate

Na iminência de um resgate pelo Estado italiano, o banco Monte dei Paschi atingiu um novo mínimo histórico e desvalorizou mais 7,5%. Resgate pode ser confirmado ao final do dia ou ao início de sexta-feira.

O Monte dei Paschi, o banco mais antigo do mundo, também tem sentido a pressão devido à exposição a activos de risco. O banco procura novos investidores e parceiros para vender carteiras de crédito de menor qualidade de forma a aliviar o fardo que estes representam para o seu balanço. As acções descem 52,68% em 2016.
Bloomberg
22 de Dezembro de 2016 às 17:59
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O Banca Monte dei Paschi di Siena desvalorizou 7,48% para 15,08 euros, na quarta sessão consecutiva de quedas para o terceiro maior banco italiano. Isto num dia em que chegou a afundar 9,75% para os 14,71 euros, um novo mínimo histórico do banco mais antigo do mundo ainda em actividade.

 

No dia em que termina o período definido para a recapitalização da instituição por via da conversão de dívida em acções, o banco conseguiu captar somente cerca de 2,5 mil milhões de euros, um valor bem abaixo dos 5 mil milhões estipulados e que o Banco Central Europeu (BCE) considerou necessários.

 

Além de que o plano de capitalização – que se divida em três fases - não conseguiu garantir a participação de nenhum investidor de referência, isto depois de o único possível, originário do Qatar, acabar por recuar.

 

Em paralelo às perspectivas de falhanço do processo de capitalização do Monte dei Paschi, o Governo transalpino entrou em campo e fez aprovar no Parlamento a possibilidade de endividamento até 20 mil milhões de euros com vista à constituição de um fundo para apoiar a banca.

 

O Monte dei Paschi deverá ser a primeira instituição a ser apoiada, embora se perfilem vários outros bancos, nomeadamente as pequenas e médias instituições financeiras regionais em maiores dificuldades de liquidez.

 

O Conselho de Ministros do Governo agora liderado por Paolo Gentiloni deverá reunir-se ainda esta quinta-feira ou, o mais tardar, na manhã da próxima sexta-feira. Para o final desta tarde perspectiva-se também uma reunião da administração do Monte dei Paschi.

 

Em causa está o que a imprensa transalpina ou agências como a Bloomberg e Reuters consideram ser a preparação do "iminente" anúncio da entrada do Estado italiano no capital de um banco do qual já detém actualmente 4%. A acontecer um "bail out" ao monte dei Paschi representará o maior resgate a um banco feito nas últimas décadas em Itália.

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