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Monte dei Paschi avança com recapitalização privada
O BCE não deu mais tempo ao Monte dei Paschi para se recapitalizar em cinco mil milhões de euros. O resgate estava a ser dado como certo. Mas os avanços políticos levaram o banco a tentar concretizar a recapitalização através de fundos privados.
O conselho de administração do Monte dei Paschi decidiu reunir-se depois de ter sido noticiado que o presidente da República, Sergio Mattarella, convidou Paolo Gentiloni, ministro dos Negócios Estrangeiros do Executivo de Matteo Renzi para formar governo.
O terceiro maior banco de Itália acredita que o facto de Gentiloni ter aceitado formar governo poderá renovar a confiança dos investidores. E é esta perspectiva que terá levado o conselho de administração a avançar com o plano de recapitalização.
Depois destes desenvolvimentos, o Monte dei Paschi decidiu avançar com uma recapitalização através de fundos privados, de acordo com a Reuters que cita uma fonte próxima do processo. Segundo a mesma fonte, o plano inclui a reabertura da oferta de troca de dívida por acções para investidores de retalho e a colocação de acções no mercado.
A Reuters noticiou também este domingo que o fundo soberano do Qatar poderá estar interessado em entrar no capital do banco. O fundo soberano do Qatar poderá injectar cerca de mil milhões de euros. Ao mesmo tempo, um consórcio de bancos estará a tentar vender acções no mercado.
Na sexta-feira, foi noticiado que o Banco Central Europeu (BCE) tinha recusado o prolongamento do prazo para que o Monte dei Paschi realizasse a recapitalização de cinco mil milhões de euros. O que significa que a instituição financeira – a única que chumbou nos testes de stress – terá de realizar esta recapitalização até ao final do ano. O que significa que o banco terá cerca de 15 dias para conseguir recapitalizar-se.