Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia
Ao minutoAtualizado há 43 min11h35

Guerra comercial gera fuga ao risco na Europa, mas ações da defesa atingem novo recorde

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta terça-feira.

Os emitentes europeus adotaram uma postura cautelosa face à volatilidade na primeira metade do ano.
Andy Rain/EPA
  • ...
há 43 min.11h35

Euribor sobe a três, seis e 12 meses

A Euribor subiu esta terça-feira a três, seis e 12 meses, após na segunda-feira o indexante a seis meses ter registado um novo mínimo desde 21 de novembro de 2022. A taxa a três meses, que avançou para 2,491%, continuou acima da taxa a seis meses (2,342%) e da taxa a 12 meses (2,381%).

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a dezembro indicam que a Euribor a seis meses representava 37,64% do "stock" de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,69% e 25,6%, respetivamente.

Em termos mensais, a média da Euribor em fevereiro voltou a descer a três e a seis meses, 0,177 pontos para 2,525% e 0,154 pontos para 2,46%, respetivamente. A Euribor a 12 meses, que tinha subido em janeiro pela primeira vez depois de nove meses a cair, também desceu em fevereiro: em 0,118 pontos para 2,407% a 12 meses.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário. Estão, por isso, fortemente relacionadas com as decisões do Banco Central Europeu (BCE).

A próxima reunião de política monetária da autoridade monetária realiza-se em 5 e 6 de março em Frankfurt. Na reunião de política monetária de 30 de janeiro e como antecipado pelos mercados, o BCE baixou de novo, pela quarta reunião consecutiva, a principal taxa diretora em 25 pontos base.

Negócios com Lusa

10h42

Ouro volta a negociar acima dos 2.900 dólares

Os preços do ouro ampliam os ganhos esta terça-feira, impulsionados pela procura por refúgio gerada pelo eclodir de mais uma fase da guerra comercial dos Estados Unidos, que impôs novas tarifas aos três principais parceiros comerciais da maior economia do mundo.

O ouro "spot" aprecia-se 0,8% para 2.917,61 dólares por onça, subindo pela segunda sessão consecutiva. Desde o início do ano, acumula já uma valorização de 10%, tendo tocado o recorde de 2.956,15 dólares a 24 de fevereiro.

"Com o Trump 2.0 a provocar exatamente o caos que prometeu nas eleições americanas, os investidores ocidentais estão a juntar-se aos bancos centrais dos mercados emergentes na compra de ouro como uma cobertura para todos os climas", disse Adrian Ash, líder de research do mercado online BullionVault, em declarações à Reuters.

Os "traders" estão agora à espera do relatório de emprego da ADP, na quarta-feira, e dos dados de pagamentos não-agrícolas dos EUA, na sexta-feira, para obter pistas sobre a trajetória da taxa de juro da Reserva Federal (Fed). O banco central dos EUA manteve as taxas de juro estáveis na sua última reunião e é esperado que volte a baixar só em junho, mas esse prazo pode ser antecipado.


"Qualquer indicação de um abrandamento da economia dos EUA daria força aos apelos de mais cortes nas taxas dos fundos federais e apoiaria o preço do ouro. Continuamos à espera que o ouro volte a testar os máximos nas próximas semanas", sublinhou o analista do UBS Giovanni Staunovo. O norte-americano JP Morgan espera que o ouro se aproxime dos 3.000 dólares por onça apenas no quarto trimestre de 2025.

10h15

Juros das dívidas aliviam com procura por refúgio

Com a guerra comercial a preocupar, os investidores estão a fugir ao risco e a procurar abrigo nas obrigações. Numa altura em que a "yield" das Treasuries norte-americanas a 10 anos caminha para os 4%, o juro da dívida da Alemanha alivia 4,5 pontos base para 2,446%.

Por toda a Zona Euro, a tendência é de recuo, apesar da perspetiva de que os países se endividem mais para financiar o aumento da despesa com defesa. A "yield" das obrigações francesas a 10 anos recua 3,9 pontos base para 3,181%, enquanto no sul a taxa de Itália perde 3,4 pontos para 3,512%, a espanhola cede 9,8 pontos base para 3,123% e a portuguesa 2,6 pontos base para 2,889%.

A forte subida das bolsas europeias nas últimas sessões levou a um maior desinteresse dos investidores por obrigações, o que fez com as "yields" se agravassem. Há agora uma inversão com o agravamento dos receios no mercado da escala da guerra comercial e consequente impacto para as economias.

Os investidores estão ainda à espera da reunião do Banco Central Europeu (BCE) na próxima quinta-feira, na qual a presidente Christine Lagarde poderá dar novos sinais sobre a confiança da autoridade monetária na atividade da Zona Euro.

09h52

Dólar preso entre tarifas e economia dos EUA

A nova onda de tarifas aplicadas pelos Estados Unidos são, em teoria, positivas para o dólar, mas a correção das ações tem o efeito contrário e a divisa norte-americana segue em baixa na sessão desta terça-feira.

"O dia de hoje marca mais um grande passo na agenda "America First" de Donald Trump. Estão a ser impostas tarifas substanciais ao Canadá e ao México. A China foi alvo de tarifas adicionais. O Canadá e a China anunciaram tarifas retaliatórias. Surpreendentemente, a reação do mercado cambial tem sido moderada, em grande parte porque a fraca atividade económica dos EUA está a minar o dólar", explicam os analistas do ING, numa nota de research.

O índice do dólar da Bloomberg, que segue o desempenho de um cabaz de 10 moedas globais contra a divisa dos EUA, desvaloriza 0,24%. Por seu turno, o euro aprecia-se 0,35% para 1,0525 dólares. O peso mexicano recua 0,6% e o dólar canadiano mantém-se praticamente inalterado, após sete sessões em baixa.

09h41

Petróleo desvaloriza com abertura de torneiras da OPEP+

O petróleo segue em baixa após a notícia avançada pela Bloomberg de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os aliados da OPEP+ deverá mesmo "abrir as torneiras" a partir de abril.

O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os Estados Unidos (EUA) – cai 1,23% para os 67,53 dólares por barril. Já o Brent – de referência para as importações do continente europeu – segue a desvalorizar 1,47% para 70,57 dólares por barril.

Três adiamentos depois, a OPEP+ deverá avançar com o esperado aumento na produção de crude. O grupo liderado pela Arábia Saudita e a Rússia deverá aumentar a produção de "ouro negro" em cerca de 138 mil barris por dia a partir do próximo mês.

Parte da decisão deve-se à crescente pressão exercida pelo Presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, que quer ver uma redução nos preços da matéria-prima. No mês passado, Trump apelou à OPEP+ para "baixar o preço do petróleo".

Mas há outras razões que podem ter levado a esta decisão por parte da OPEP+. A Rússia, atingida por novas sanções nos últimos dias da administração de Joe Biden, pode ter condições mais favoráveis para vir a aumentar as exportações de "ouro negro", caso se assista a um atenuar das sanções sobre Moscovo. Além disso, também a "pressão máxima" de Washington sobre as exportações iranianas de crude pode criar uma "lacuna" que a OPEP+ poderá preencher.

08h52

Trump preocupa. Bolsas europeias recuam

As ações na Europa recuam na manhã desta terça-feira com preocupações de que a região possa ser a próxima a enfrentar as tarifas dos EUA, depois de o Presidente Donald Trump ter imposto taxas ao México, Canadá e China.


O Stoxx 600 perde 1%, afastando-se assim de máximos históricos, com o setor dos automóveis a tombar 3%. Em sentido contrário, as ações da defesa sobem 0,75% e atingiram um novo recorde depois de a União Europeia ter anunciado um plano para ambicionar mobilizar 800 mil milhões de euros em despesa para a defesa (incluindo 150 mil milhões de euros em empréstimos).

Nos Estados Unidos, os futuros do S&P 500 seguem com pouco volume de negociação depois de o índice ter dado, na sessão de segunda-feira, o maior tombo do ano. As ações chinesas subiram com a especulação de que o país está a adotar uma abordagem comedida com as suas tarifas de retaliação, evitando uma guerra comercial total.

As novas taxas marcam o maior impulso de Trump para redesenhar o comércio global e os investidores estarão atentos ao seu discurso no Congresso na terça-feira para encontrar sinais sobre os passos futuros. O Canadá anunciou um vasto pacote de tarifas em resposta às medidas dos EUA e a China retaliou impondo tarifas de até 15% sobre produtos agrícolas.

"A reação da China não é propriamente agressiva", afirmou Billy Leung, estratega de investimentos da Global X ETFs em Sydney, em declarações à Bloomberg. Esse nível de tarifas sobre "produtos agrícolas dos EUA, mas nada amplo e abrangente a tecnologia ou automóveis, o que sugere que há espaço para negociação, em vez de ir totalmente por uma abordagem 'tit-for-tat'".

Na Ásia, os investidores estão também concentrados na reunião da Assembleia Popular Nacional, que começa esta quarta-feira em Pequim, com a expetativa de que a China apresente medidas para estimular a economia.

Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio