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Monte dei Paschi arranca com aumento de capital

O banco italiano começa amanhã a vender acções para reforçar o capital. Operação prolonga-se até quinta-feira. Caso não tenha sucesso, terá de ser o Estado a pôr mais dinheiro.

O Monte dei Paschi, o banco mais antigo do mundo, também tem sentido a pressão devido à exposição a activos de risco. O banco procura novos investidores e parceiros para vender carteiras de crédito de menor qualidade de forma a aliviar o fardo que estes representam para o seu balanço. As acções descem 52,68% em 2016.
Bloomberg
18 de Dezembro de 2016 às 14:38
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É o derradeiro esforço do Banca Monte dei Paschi di Siena para evitar o resgate pelo governo italiano. A instituição inicia na segunda-feira um aumento de capital com a venda de acções a privados, de acordo com um comunicado citado pela agência Bloomberg. Os termos da oferta ainda não são conhecidos.

A venda de acções a clientes de retalho (35% da oferta) prolonga-se até quarta-feira, enquanto os investidores institucionais (65%) têm mais um dia para dar ordens. Os actuais accionistas do banco poderão adquirir 30% da tranche reservada aos particulares.

O preço e o número total de acções que serão vendidas serão determinadas com base na procura pelos investidores e no resultado da operação de troca de 4,5 mil milhões de euros em títulos de dívida por capital, a outra componente do plano de recapitalização. Há uma terceira, que consiste na venda de acções a grandes investidores estratégicos. 

O Monte dei Paschi tem até ao final do ano para reforçar o seu capital. Se os planos de recapitalização forem bem sucedidos, o banco irá titularizar 28 mil milhões de euros de créditos em incumprimento ou problemáticos, retirando-os do seu balanço. O novo capital servirá justamente para acomodar as perdas que terão de ser registadas nesta operação.

Caso o plano de recapitalização privado falhe, terá de ser o Estado a injectar mais dinheiro no banco, o que obrigaria a impôr perdas aos obrigacionistas e depositantes com mais de 100 mil euros. Um cenário que o Governo italiano em funções pretende evitar. 

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