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Grupo de trabalho português sobre caso Volkswagen tem de apresentar conclusões até Novembro
A próxima reunião está agendada já para esta quinta-feira, 15 de Outubro. Portugal ainda não recebeu garantias quanto à manutenção do investimento na Autoeuropa.
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O grupo de trabalhado criado pelo Governo português para acompanhar os desenvolvimentos do escândalo Volkswagen tem até ao início de Novembro para "apresentar um relatório final que cumpra os objectivos subjacentes à sua constituição".
O intervalo temporal é fixado por um despacho publicado esta terça-feira, 13 de Outubro, em Diário da República. Na mesma pode ler-se que essa apresentação deve ser feita "no prazo de 30 dias contados a partir" da constituição do grupo. Como o referido despacho produz efeitos desde o dia 2 de Outubro, o princípio do próximo mês é assim o horizonte temporal definido.
O Governo português considera "imprescindível que Portugal antecipe os impactos da crise da Volkswagen, designadamente as implicações ao nível económico, ambiental, fiscal e da protecção e salvaguarda dos direitos dos consumidores, tendo sempre presente as coordenadas que serão adoptadas a nível europeu", pode ler-se no documento.
Em Setembro, o grupo Volkswagen admitiu ter manipulado os níveis de emissões poluentes em até 11 milhões de carros a gasóleo em todo o mundo. Em Portugal, estima-se que existam mais de 117 mil carros a circular nas estradas com a tecnologia que permite a adulteração instalada.
Contactada pelo Negócios, fonte oficial do Ministério da Economia informou que o grupo de trabalho volta a reunir-se na próxima quinta-feira, 15 de Outubro, à tarde. O grupo de trabalho reuniu-se, pela primeira vez, a 2 do Outubro.
Ao contrário de Espanha, o Governo português ainda não recebeu uma garantia da sede alemã de que o investimento de 700 milhões de euros previsto para a Volkswagen Autoeuropa, em Palmela, não está em risco.
O grupo automóvel anunciou que iria cortar nos investimentos considerados não essenciais para fazer face aos custos do maior escândalo da sua história, tendo especificado esta terça-feira que vai cortar em mil milhões de euros os investimentos anuais. Ainda assim, o ministro da Economia, António Pires de Lima, tem reforçado que não há motivo para duvidar do investimento da Volkswagen em Portugal.