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Volkswagen já garantiu que o investimento na Autoeuropa é para manter

A Volkswagen garantiu esta sexta-feira, 16 de Outubro, ao Governo português que o investimento de quase 700 milhões de euros previsto para a Autoeuropa é para manter.

Bruno Simão
16 de Outubro de 2015 às 17:37
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A dúvida sobre a manutenção da aposta do grupo automóvel alemão em Palmela colocou-se depois do anúncio da Volkswagen de que iria cortar o investimento previsto para os projectos considerados "não essenciais". A redução anual de mil milhões de euros em investimento surge como resposta ao escândalo de manipulação de emissões poluentes, que afecta 11 milhões de carros em todo o mundo. Em Portugal, são 117 mil.


"O presidente da marca assegurou que o investimento de 677 milhões de euros em Portugal segue como previsto, não tendo sido minimamente afectado pelo plano de corte nos investimentos anunciado pela Volkswagen. A nova unidade de produção entrará em laboração até 2018 com um nível de actividade previsivelmente igual ou superior ao que foi contratualizado com a AICEP", informou o Ministério da Economia em comunicado.


O ministro da Economia, António Pires de Lima, reuniu-se telefonicamente com o "chairman" do grupo automóvel, Herbert Diess, e com o líder da Autoeuropa, António Melo Pires. Já esta quinta-feira, 15 de Outubro, o ministro tinha fixado como o prazo de 72 horas como o previsto para a definição de certezas neste assunto e garantido que a aposta em Palmela tinha sempre "figurado nos documentos de trabalho da Volkswagen como essencial".


O investimento na fábrica de Palmela já está no terreno e dotará a fábrica de tecnologia capaz de produzir novos modelos. Pires de Lima concretizou esta semana que o mesmo permitirá a produção de "dois novos modelos" já no final de 2017. Os modelos ainda não estão definidos, mas os rumores apontam para que um deles possam passar por um SUV (veículo utilitário desportivo), o segmento que mais cresce em termos de vendas em todo o mundo. Para além disso está prevista a criação de 500 novos postos de trabalho.


Ao Governo português, a Volkswagen garantiu ainda que a correcção do problema estará concluída em Dezembro de 2016. Os casos em que seja só necessária uma alteração do ‘software’ "deverão estar solucionados até ao final do primeiro trimestre". Os outros, por serem mais complexos, arrastam-se até ao final do ano. O calendário detalhado destas medidas deverá chegar até ao final de Novembro deste ano.


O grupo automóvel alemão vai chamar às oficinas 8,5 milhões de carros a gasóleo nos 28 países da União Europeia. A directiva surge na sequência da decisão do regulador alemão, a KBA, de rejeitar a proposta da Volkswagen para que fossem os donos dos carros afectados a levar, voluntariamente, os seus veículos à reparação.

(Notícia actualizada às 18:10)

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