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Escândalo VW retira à Alemanha três mil milhões em impostos

As contas são do Instituto de Pesquisa Económica daquele país, onde a Volkswagen está já a cortar em investimentos. Wolfsburgo, a cidade-sede, é a mais afectada. Aí, mais de metade da população é empregada pelo grupo.

Bloomberg
23 de Outubro de 2015 às 14:57
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O escândalo de manipulações de emissões poluentes pelo grupo Volkswagen vai ter impacto nas contas do Governo alemão.

O Instituto de Pesquisa Económica daquele país, citado pela Bloomberg, estima que o pagamento de impostos comerciais e empresariais do grupo automóvel será três mil milhões de euros inferior durante os próximos dois anos.

Na cidade sede, Wolfsburgo, o grupo irá adiar 30 projectos, como parte do plano de redução de custos para fazer face ao escândalo que afecta 11 milhões de carros a gasóleo em todo o mundo, das marcas Volkswagen, Audi, Skoda e Seat. Em Portugal são 117 mil.

Um novo campo de jogos, uma pista de gelo e obras rodoviárias são exemplos de projectos que caem na cidade, escreve a Bloomberg. Dos 125 mil habitantes que aí residem, o grupo automóvel emprega mais de metade.

O CEO Matthias Müller já tinha anunciado que o grupo iria adiar ou cancelar investimentos em projectos considerados não essenciais. Por ano, a poupança prevista é de mil milhões de euros face ao previsto.

Esta sexta-feira, 23 de Outubro, foi tornado público pela Reuters que o ministro dos Transportes alemão, Alexander Dobrindt, irá viajar para Washington para discutir o escândalo com o homólogo americano. Na agenda estará também um encontro com a EPA, agência ambiental que está a investigar o caso naquele país.

Já a Comissão Europeia deu novos passos neste tema das emissões ao apresentar, esta sexta-feira, a sua proposta para os testes de emissões em veículos a gasóleo. Os mesmos são actualmente feitos em laboratório, Bruxelas quer análises também em contexto de estrada. A nova legislação deve entrar em vigor até 2019, um novo prazo que veio corresponder às exigências feitas pelos fabricantes automóveis de países como França e Alemanha.

A partir de Janeiro de 2016, a Volkswagen irá chamar às oficinas europeias 8,5 milhões de carros afectados com este problema. Destes, três milhões terão de ser alvo de correcções mais profundas, ao nível da estrutura dos veículos.

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