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Volkswagen tem novas prioridades. Quais?
Depois das primeiras perdas em 15 anos, altura de repensar o futuro. Há cinco pilares nas preocupações do grupo automóvel. O ‘dieselgate’ justifica todos eles.
O escândalo de manipulação de emissões em carros a gasóleo leva o grupo Volkswagen a mudar prioridades. Matthias Müller definiu esta quarta-feira, 28 de Outubro, cinco. Foi a primeira reacção após o grupo registar perdas pela primeira vez em 15 anos.
Corrigir os 11 milhões de veículos afectados pelo escândalo, completar as investigações em curso e apurar responsabilidades, introduzir novas estruturas no grupo Volkswagen favorecendo a descentralização, alterar a cultura empresarial e, por fim, alargar o prazo da estratégia da empresa. São estas as metas.
A nova estratégia da Volkswagen vai focar-se mais no crescimento pela rentabilidade do que pelo volume. "Não é uma questão de vender 100 mil carros a mais ou a menos do que um grande concorrente. É antes uma questão de crescimento qualitativo", explicou o CEO em comunicado.
O grupo alargará o horizonte temporal da sua estratégia de 2018 para 2015, devendo apresentar o documento orientador já no próximo ano. Uma das medidas passará por uma descentralização do grupo, dando mais autonomia às marcas. Reavaliar a continuação de alguns dos 300 modelos actuais está também em cima da mesa.
A Volkswagen separou 6,7 mil milhões de euros para fazer face aos custos do escândalo. Em todo o mundo são 11 milhões de carros afectados. Na sequência da decisão do regulador alemão, o grupo irá chamar 8,5 milhões de carros às oficinas europeias já a partir de Janeiro de 2016.
Espanha avança com investigações ao grupo automóvel
10 de Novembro. Na manhã desse dia, a Volkswagen terá de enfrentar a justiça espanhola. A procuradoria da Audiência Nacional espanhola determinou esta quarta-feira, 28 de Outubro, que o grupo automóvel terá de comparecer no tribunal para esclarecer questões de "absoluta importância" relacionadas com o escândalo de manipulação de emissões nos veículos a gasóleo.
A 19 de Outubro, a procuradoria da Audiência Nacional em Espanha solicitou a abertura da investigação. Na altura, a imprensa espanhola concretizou que a fabricante automóvel será investigada por alegada fraude e prejuízo económico em todo o território, para além de delitos ambientais e fraude nas subvenções públicas recebidas pelo grupo.