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Responsáveis da VW em Espanha podem enfrentar coimas até 600 mil euros

Os responsáveis da Volkswagen em Espanha poderão enfrentar penas de prisão até cinco anos e coimas até 600 mil euros, devido ao escândalo que envolve a fabricante alemã. A empresa é acusada de fraude e crimes contra o meio ambiente.

Bloomberg
20 de Outubro de 2015 às 10:45
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Os responsáveis da Volkswagen em Espanha poderão enfrentar penas de prisão até cinco anos, e o grupo deverá ser obrigado a devolver 100 milhões de euros em ajudas do plano Pive (plano de incentivos à compra de carros novos) para evitar o pagamento de coimas até seis vezes esse valor, avança o jornal espanhol El Economista.

 

A procuradoria da Audiência Nacional espanhola considera que a fabricante alemã cometeu, pelo menos, um crime de burla, outro contra o meio ambiente e o crime de fraude nas subvenções. Pretende, por isso, abrir um processo penal e já exigiu ao ministério da Indústria que, assim que receba a listagem dos veículos afectados, apresente "um relatório relativo ao montante das ajudas públicas concedidas para a sua aquisição".

 

Segundo fontes do sector, citadas pelo El Economista, as oito edições do plano Pive permitiram, desde 2012, a subvenção de 890 mil veículos. Desse total, as marcas do grupo Volkswagen conseguiram benefícios para cerca de 100 mil veículos.

 

De acordo com a acusação de fraude do Ministério Público, os responsáveis do grupo podem ser condenados com penas de prisão entre um e cinco anos e uma multa de seis vezes o valor das ajudas recebidas, caso a empresa não devolva o dinheiro recebido, na íntegra.

Em Espanha existem mais de 680 mil veículos afectados pelo mecanismo fraudulento que manipula as emissões dos gases poluentes. O grupo alemão tem uma forte presença no mercado espanhol, através da Seat, estando previstos investimentos no país na ordem dos quatro mil milhões de euros. O Governo já assegurou que não haverá desinvestimento nos projectos anunciados.

Também este fim-de-semana, as autoridades francesas levaram a cabo buscas em escritórios do grupo automóvel em Paris, tendo sido apreendido material informático. França está a investigar a Volkswagen por alegada "fraude agravada".

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