A Audi mantém as estimativas de lucro para 2015 apesar da sua margem operacional ter caído de 9,2% para 8% no terceiro trimestre de 2015 comparativamente ao mesmo período do ano anterior, situando-se no limite mínimo dos objectivos traçados para este ano, e que gravitam entre os 8% e os 10% do total de vendas.

Este recuo acontece numa altura difícil para a marca. A Audi representa cerca de 2,4 milhões dos cerca de 11 milhões de veículos da Volkswagen que precisam de ser reparados no âmbito do escândalo das emissões poluentes. A marca de luxo alemã viu as suas margens ficarem muito abaixo da sua principal concorrente, a Mercedes, detida pela Daimler, que conseguiu uma margem de lucro de 10,5% no terceiro trimestre deste ano.

Ainda assim, escreve a Bloomberg, a Audi - que é a unidade da Volkswagen que mais contribui para os lucros do grupo – espera vender este ano mais carros do que nos anos anteriores, está a preparar o lançamento de uma nova versão do A4 em 2016, e planeia abrir uma nova fábrica no México.

"Estamos a aumentar as nossas entregas, a expandir a nossa rede internacional de produção, a manter postos de trabalho e continuamos a recrutar mais funcionários", disse Rupert Stadler, CEO da Audi, acrescentando que a marca "continua na roda do crescimento".

A Volkswagen colocou de lado 6,7 mil milhões de euros, antecipando alguns dos custos relacionados com o escândalo das emissões poluentes, o que a levou a apresentar prejuízos de 3,48 mil milhões de euros no terceiro trimestre deste ano.