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Autoridades alemãs forçam VW a recolher 2,4 milhões de automóveis

A entidade reguladora dos transportes da Alemanha rejeitou a proposta da Volkswagen para que fossem os donos dos carros afectados a levar, voluntariamente, os seus veículos à marca para serem reparados.

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Germany to Force Recall of Affected VW Cars: Bild
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A entidade reguladora dos transportes da Alemanha rejeitou a proposta da Volkswagen para que fossem os donos dos carros afectados a levar, voluntariamente, os seus veículos à marca para serem reparados.

A Autoridade Federal de Transportes Motorizados da Alemanha (KBA, na sigla germânica) vai obrigar a Volkswagen a recolher 2,4 milhões de automóveis, equipados com o mecanismo fraudulento que a empresa alemã admitiu ter instalado em motores "diesel" para falsear os testes das emissões poluentes.


"Estamos a ordenar a recolha", afirmou, esta quinta-feira, 15 de Outubro, um porta-voz da autoridade reguladora, citado pela Reuters, confirmando a notícia avançada pelo jornal Bild.


A publicação alemã adianta que a KBA rejeitou a proposta apresentada pela Volkswagen de que os proprietários dos carros afectados levem, voluntariamente, os seus veículos à marca para que estes sejam arranjados.

A decisão alemã poderá ser seguida pelos restantes países da União Europeia, o que representaria um "recall" de até oito milhões de carros a gasóleo. Isto porque o KBA actua como regulador principal e pilar das restantes agências nacionais, como é o caso do IMT em Portugal.


No mês de Setembro, quando a fabricante alemã admitiu ter instalado ‘software’ fraudulento em carros a gasóleo para manipular os testes de emissão de gases poluentes, avançou que o número de veículos afectados em todo o mundo deverá rondar os 11 milhões.


O ministro dos Transportes alemão, Alexander Dobrint, já concretizou que a chamada às oficinas imposta pelo regulador deverá começar no início de 2016. "A KBA vai monitorizar o início da acção de ‘recall’ e o seu progresso", afirmou aos jornalistas em Berlim.


Por sua vez, a ministra do Ambiente Barbara Hendricks veio defender que o Governo deve repensar os benefícios fiscais concedidos a carros com motores diesel. Em alteranativa, esse apoio deveria ser redireccionado para os carros eléctricos. "É uma ideia que devemos considerar", referiu.


Depois da revista Spiegel ter avançado que existiriam pelo menos 30 gestores envolvidos neste caso, surge mais uma baixa no grupo alemão. Segundo a Reuters, que cita fontes próximas do processo, Falko Rudolph foi suspenso pela fabricante automóvel na sequência das investigações que esta tem em curso.

Rudolph era o líder da fábrica de transmissões em Kassel. Entre 2006 e 2010 coordenou o desenvolvimento de motores diesel no grupo.

 

Investigações em Itália

Já segundo a agência noticiosa Ansa, a polícia italiana realizou buscas nos escritórios da Volkswagen em Verona, e da Lamborghini, em Bolonha, esta quinta-feira.


Segundo relatos da imprensa daquele país, as autoridades estarão a investigar uma alegada fraude comercial.


No centro da investigação estão líderes do grupo em Itália, país onde existem quase 650 mil carros afectados por este escândalo.


(Notícia actualizada às 15:10 com mais informação)

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